MISTUREBA : Rock, Rap e chorinho no “Diabluras”
Por Carlos Cogoy
A leveza e destreza da música brasileira, em acordes de chorinho autoral. A batida do Rap que evoca a realidade de periferias, como o loteamento Dunas. O rock pesado, com levada do punk. E os sinais do ritmo que emerge do ska e dub. O mosaico artístico num festival, que também estará arrecadando alimentos. E a programação, iniciativa do coletivo “Apoie o Movimento Undeground” (AMU), reunirá o rapper Mano Rick, bandas “Sinais de Fumaça” e “Marina’s Found”, e o grupo “Chorei sem querer”. Em destaque, a presença de “¨69 Enfermos”, banda porto-alegrense que está iniciando turnê, e levará sua música até o Uruguai e Argentina. O festival terá início pós 21h, e o local será o Diabluras – rua Félix da Cunha 954. Apoiadores: Sebo Icária; Café do Gerber; Bem Brasil; Mercado Skate Shop; Estúdio Bokada. Ingresso a R$15,00, e mais a doação de um quilo de alimento. A arrecadação, informa Douglas Jardim, será destinada ao “sopão” que é servido aos moradores de rua.
69 ENFERMOS começou nos anos noventa na Colômbia. A banda, que atualmente está radicada em Porto Alegre, já tocou em onze países. A banda divulga: “Lançamos dois álbuns em inglês: ‘Beyond Borders’ (2015), divulgado na Europa pela Morning Wood Records na Holanda, e Melodic Punk Style Records na Polônia. Nos EUA pela ProRawk Records e, na Argentina, pela Catarata Records. Em 2017, disco ‘A Place To Call Home’, lançado com exclusividade pela Morning Wood Records. No Japão, os álbuns foram distribuídos pela Milestone Sounds”. O grupo também está em coletâneas dos EUA, Reino Unido, Alemanha, Polônia, Filipinas, Japão, México, Argentina, Chile, Equador, Peru, Colômbia e Canadá. Na formação atual: Dalin Focazzio (guitarra); Wagner Donat (baixo); Esmute Farias (bateria).
MARINA’S FOUND reúne Pedro Soler (guitarra/voz), Walerko (guitarra), Pietro (baixo), e Arthur Feltraco (bateria). A banda começou em 2014, e toca hardcore. Ano passado, lançou o primeiro álbum, que apresenta a trajetória de três anos.
CHORINHO autoral que tem repercutido na região. O grupo “Chorei sem querer” tem se destacado pela qualidade. No grupo: Dani Orttiz (pandeiro); Gustavo Mustafé (guitarra); Júlia Alves (flauta transversal); Vasco Azevedo (violão sete cordas).
SINAIS de Fumaça , é banda que reúne Matheus Seelfeldt (guitarra/voz), Igor Felix (guitarra), Filipe “Pipe” Porciuncula (bateria), e Vitor Gaspar (baixo). O grupo divulga sobre a sonoridade e proposta da banda: “Em nome da boa música e do rolê. As máquinas estão a todo vapor, e o som das engrenagens já incomoda os vizinhos. É a fábrica de hinos da zona norte voltando à ativa. Misturando Ska, Dub e rock’n’roll, com a vivência no país dos Ronaldinhos”.
MANO RICK, é rapper pelotense que também estará cantando no festival “Mistureba”. Luis Henrique Barcelos Duarte, é jovem morador do Loteamento Dunas, que tem se dedicado a rimar o seu cotidiano.
Estudante de geografia na UFPel, ele começou no Rap em 2007, quando interpretou versos escritos aos dez anos. Dois anos depois, aulas de violão, e o início da trajetória profissional. Em 2011, participação na coletânea “Dunas Rap”. Em 2013, Mano Rick lançou o EP (Extend Play), “Fatos e Fatos”, que tem seis faixas.
DISCO “Do Dunas pro Mundo”, primeiro do artista, foi lançado no ano passado. Para divulgar o disco, Mano Rick esteve em São Paulo, onde teve a oportunidade de conhecer e interagir com alguns dos principais nomes do Hip Hop brasileiro. O EP e o disco podem ser ouvidos, e estão disponíveis para download. E-mail: [email protected]