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JORNADA PEDAGÓGICA: O desafio das práticas para a alfabetização na idade certa

JORNADA PEDAGÓGICA: O desafio das práticas para a alfabetização na idade certa
06 dezembro
10:00 2013

Leitura deleite, lúdico, hipóteses de escritos dos alunos e consciência fonológica. Etapas para estimular a leitura e escrita das crianças nos anos iniciais. A abordagem foi da pedagoga Juliana Mendes Oliveira Jardim e aconteceu no debate de encerramento da 19ª Jornada Pedagógica do Colégio Pelotense. O tema “A educação em Pelotas: debatendo o ensino fundamental de nove anos”, teve como mediadora a professora Gislaine dos Santos Pinto. Também participaram as professoras Sibele Mirapalhete, representando a SMED, Neila Terezinha dos Santos Amaral (5ª CRE), e Tatiane Christ – coordenadora das séries iniciais no “Gato Pelado”. A Jornada foi organizada pelas turmas 23F e 31A do curso “Normal” – magistério.

A leitura como prazer. Ênfase da experiência de Juliana Jardim, que apresentou imagens do trabalho desenvolvido no Pelotense. Ela adequou sua prática ao Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAI), do Ministério da Educação. Num primeiro momento, as crianças encontravam-se, acomodavam-se sobre almofadas, e até manuseavam os livros – literatura infantil em duas caixas com 32 títulos, material distribuído pelo MEC. No entanto, distraíam-se e consideravam que a dinâmica da aula seria apenas mais um encontro da turma.  No relato da pedagoga, o papel do mediador, comprometido com a leitura, é que pode estimular a descoberta do prazer nos livros. Ela mencionou: “O professor precisa gostar de ler. Assim, poderá salientar que a leitura é um meio e não um fim. É no lúdico, reinventando em diferentes momentos, comparando, montando e desmontando palavras, mudando uma letra, refletindo sobre elas, que se estabelece interação, construindo o saber. Como o aluno poderá escrever bem, se não dominar a leitura? Ler é descobrir mundos escondidos no papel. Mas o que ler? É essencial a boa qualidade em diferentes gêneros e tipos textuais. Além disso, compreender a função social de cada texto. Onde ler? Em todos os lugares, principalmente na escola”.

BENEFÍCIOS da leitura conforme Juliana: “Vocabulário, senso crítico e criativo, raciocínio lógico”. Como afirmou, a leitura “estimula nossa capacidade libertadora”.

Jornada pedagógica by Cogoy

Educadoras Sibele Mirapalhete, Neila Amaral, Gislaine Pinto, Tatiane e Juliana

Entre os primeiro e terceiro anos, por conta do PNAI, não está contemplada a reprovação. Mas, é necessária a progressão da aprendizagem. A professora Tatiane Christ também destaca a “ludicidade como estratégia para os diferentes gêneros textuais na sala de aula”. E mencionou que o papel do professor é o de mediação no ensino/aprendizagem. A educadora exemplificou com os jogos, como material apropriado para a sala de aula. “O Pacto tem diretrizes e o compromisso é de que o aluno saia ‘alfabético’. Até o terceiro ano, a alfabetização será completa. Porém, com metas a cada ano. Para isso, dispomos de logística com os cadernos específicos”, disse.

IMPLANTAÇÃO teve diferentes fases no município e região. Sibele Mirapalhete abordou sobre a trajetória do debate na cidade. Em 2007, primeiros estudos sobre a mudança. No ano seguinte, a experiência inicial em quatro escolas. Em 2009 mais cinco escolas aderiram ao processo. Em 2010 a implementação tornou-se obrigatória. Ano passado, Programa Pró-Letramento foi oferecido ao município. Segundo ela, o profissional deve refletir acerca de questões como: “Como faço? O que é o meu planejamento? Por que faço isso dessa maneira? Qual resultado esperado, qual alcançado? A proposta apresentada, como é pensada?”.

Na região a abordagem sobre o Pacto, foi da professora Neila Amaral. Na 5ªCRE ela tem levado a mudança até municípios como São Lourenço do Sul e Cristal. E afirmou que desde 2007, alfabetização e letramento, sem a “retenção” do aluno, são questões recorrentes aos professores. Porém, sem a mínima orientação. Em 2011 é que a Coordenadoria proporcionou o debate acerca do Pacto.

Dicas Culturais

filme um homem e uma mulherUM HOMEM E UMA MULHER: 20 ANOS DEPOIS (Foto) será o filme hoje às 20h no Centro de Integração do Mercosul – rua Andrade Neves 1.529. A exibição do filme com direção de Claude Lelouch, e produção de 1986, estará assinalando o encerramento do ciclo “A filosofia e o cinema existencial” – agenda semanal começou em março. O ciclo é iniciativa do Departamento de Filosofia da UFPel, e a idealização e coordenação são do prof. Dr. Luis Rubira (UFPel). Para assinalar o encerramento haverá coquetel de confraternização. Sinopse: “Anne Gauthier é uma produtora de cinema, que fracassa em seu último lançamento. Resolve procurar seu antigo amor, Jean-Luis Duroc. Este, piloto de corridas aposentado, encontra-se casado com a bem mais jovem Marie Sophie e ajuda o filho Antoine em sua carreira de piloto. Ao encontrarem-se, Anne pede permissão a Duroc para produzir um filme contando a história de amor vivida por eles há 20 anos. Ele resiste inicialmente mas aprova e acompanha a filmagem de algumas cenas, com Richard Berry vivendo seu personagem e Françoise Gauthier o papel da mãe”. Entrada franca, porém a senha deve ser retirada, em horário comercial, no local da exibição.

TONI KONRATH NO PIQUENIQUE CULTURAL – Domingo às 19h no Piquenique Cultural, que será realizado no Parque Dom Antonio Zattera, apresentação de Toni Konrath e banda.

dança PlantPLANT será o espetáculo de dança AMANHÃ às 20h30min. Trata-se de montagem do Grupo de Dança do Colégio Municipal Pelotense. A criação coreográfica e direção são de Thomas Porto Marinho e Cíntia Moralles. Eles divulgam: “No espetáculo, alunos desde o pré até ensino médio. Eles estarão interpretando, em 1h30min, doze coreografias baseadas nas técnicas de jazz, balé, contemporâneo e afro. Como temática, questões ambientais. Assim, ‘Plant’ apresentará movimentos que narram sobre desmatamento, reciclagem, os elementos fogo, ar, água e terra, fauna e flora, bem como o alerta ao desperdício da água. Então envolvendo as coisas vivas e não vivas que ocorrem na Terra, afetando os ecossistemas e a vida dos humanos”. E convidando a comunidade, acrescentam: “Vamos valorizar a dança escolar, feita com dedicação, disciplina e amor à arte”. Iluminação e som a cargo da equipe JC. A apresentação será no auditório externo do Pelotense. Ingresso antecipado a R$3,00, pode ser adquirido com o grupo. Na hora será R$5,00.

Por Carlos Cogoy

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