EDUCAÇÃO : Conferência pauta políticas para crianças e adolescentes
Direitos da Infância e Juventude foram discutidos em grupos de trabalho com representantes de órgãos públicos, sociedade civil, judiciais, legislativas, forças de segurança, e universidades
Comunidade escolar, conselho tutelar, judiciário e executivo se reuniram na quinta-feira, para discutir as políticas públicas voltadas a garantia do bem-estar na infância e juventude. A 11ª Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, lotou o auditório Dom Antônio Zattera, da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), durante manhã e tarde, quando grupos de trabalho puderam propor melhorias ao Documento Base que rege a legislação.
A Conferência foi promovida pelo Conselho da Criança e do Adolescente (Comdica), como uma oportunidade para discutir questões relativas ao protagonismo, comunicação e participação dos menores na comunidade, além de abordar a prevenção e enfrentamento à violência, financiamento e orçamento das políticas e de seus espaços de gestão; ela precisa ocorrer a cada três anos. O secretário de Assistência Social (SAS), Luiz Eduardo Longaray, explicou que para viabilizar as propostas, por meio de um edital, serão utilizadas as verbas do Fundo da Infância e dos Adolescentes, que pode receber doações de qualquer cidadão pelo imposto de renda.
Para o futuro, deverá ser elaborado o Plano Municipal de Convivência Familiar, visando a maior proteção na juventude, com apoio também da saúde e educação. A politica também será uma forma de evitar ao máximo que as crianças precisem ser encaminhadas para o acolhimento institucional. “Buscamos construir um futuro com dignidade. Que esses direitos sejam pautas coletivas”, ressaltou a secretária de Governo, Clotilde Victória.
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
A promotora da Infância e da Juventude, Luciara Robe da Silveira, ministrou uma palestra sobre as políticas públicas, em especial as mudanças após a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), há 28 anos. “É algo recente os jovens terem direitos como adultos, na condição de direitos de sujeito “, lembrou a promotora. Já a juíza da Infância e da Adolescência, Alessandra Couto de Oliveira, apresentou dados relativos ao número de crianças em situação de miséria e fora da escola.
Ambas elogiaram o trabalho realizado em parceria com a Prefeitura, mais especificamente no que tange aos menores sob tutela do Estado, através dos programas Apadrinhamento Afetivo, Família Acolhedora e, o mais recente, Apadrinhamento Solidário, lançado há uma semana, além da promoção da adoção tardia. As iniciativas resultaram no fechamento de dois abrigos institucionais.
PRÓXIMOS PASSOS
No evento foram escolhidos os delegados que representam Pelotas na conferência estadual, de 17 a 19 de junho de 2019. O debate desta quinta culminará, posteriormente, na elaboração de leis – quando todo o conteúdo debatido em âmbito nacional for apresentado em Brasília no próximo ano. Realizada pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), a Conferência desta edição teve o tema ‘Proteção Integral, Diversidade e Enfrentamento das Violências’.