TRANSPORTE COLETIVO : Aprovado indicativo de greve
Categoria urbana quer apoio da prefeita no sentido de mudar o quadro nas negociações com empresários
A assembleia dos trabalhadores do transporte urbano de Pelotas, realizada na noite de quinta-feira, deixou encaminhada uma provável greve da categoria. No mês de dezembro. Isso porque os trabalhadores deliberaram e aprovaram o indicativo de greve nos serviços. Só não definiram data para realizar a paralisação.
Antes de chamar a categoria para uma nova assembleia, o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Pelotas(STTRP) vai tentar sensibilizar a prefeita Paula Mascarenhas para que ela interceda junto aos empresários no sentido de os mesmos reabrirem as negociações e aumentarem o percentual “oferecido” aos trabalhadores.
No início das negociações, o STTRP encaminhou aos empresários a proposta definida em assembleia, pelos trabalhadores: reajuste salarial igual a 4% de ganho real, inflação do período, totalizando cerca de 8%, mais a manutenção de cláusulas conquistadas em momentos anteriores. E também inclusão de plano de saúde e seguro de vida aos trabalhadores.
Na segunda semana de novembro, a prefeitura concedeu reajuste de 10,70% na tarifa do transporte urbano, a qual passou de R$ 3,35 para R$ 3,70. No mesmo período, os empresários cancelaram as negociações com o STTRP, após definirem pela concessão de reajuste salarial à categoria, pelo INPC, cerca de 4%.
Pelo “andar da carruagem”, durante a assembleia, caso não ocorra avanços nas negociações, nos próximos dias a categoria deverá bater o martelo na opção pela greve.
“Estamos há três anos sem reajuste em nossos salários. Se deixarmos assim, ano que vem estaremos pagando para trabalhar”, observa um trabalhador rodoviário que pediu para não ser identificado. “E agora os rodoviários estão unidos”, conclui o mesmo trabalhador.
A Redação do Diário da Manhã tentou sem êxito contato com o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo de Pelotas para ouvir uma posição sobre a situação que poderá culminar com a paralisação dos serviços.
