Diário da Manhã

O Conselho Regional de Enfermagem do Rio Grande do Sul (Coren-RS) repudia toda e qualquer manifestação que tenha o objetivo de desqualificar a Enfermagem no caso da suspeita de fraude em exames pré-câncer em Pelotas, a promotora de Justiça Rosely de Azevedo Lopes concedeu uma entrevista coletiva à imprensa sobre o andamento das investigações. Em dado momento, a promotora deu a entender que coletas feitas erroneamente por enfermeiras(os) podem ter influenciado no resultado dos exames – o que foi noticiado pela imprensa local (jornais Diário Popular e Diário da Manhã).

O Coren-RS reitera que enfermeiras(os) têm capacidade técnica e contam com total respaldo legal para realizar a coleta do material que será enviado para análise laboratorial. Na rede pública de saúde, na Atenção Básica, a coleta é feita durante uma consulta de Enfermagem. Nessa consulta, a(o) enfermeira(o) realiza a anamnese, conversa com a paciente e coleta o material. Todos esses passos são devidamente registrados num formulário padrão fornecido pelo Ministério da Saúde. Esse mesmo documento, cabe ressaltar, continua sendo preenchido no laboratório, que tem o dever de apontar quando a amostra coletada não servirá para análise e terá de ser descartada.

Para o Coren-RS, a fala da promotora configura um desrespeito ao trabalho da Enfermagem. Vale lembrar que foram justamente as(os) profissionais de Enfermagem que tiveram a coragem de trazer à tona a suspeita de fraude nos exames pré-câncer em Pelotas.

A Enfermagem tem, e sempre terá, acima de tudo, compromisso com a saúde das mulheres e da população em geral. O Coren-RS seguirá acompanhando com atenção os desdobramentos da investigação da suspeita de fraude e lutando pela responsabilização do poder público, caso seja necessário.

Presidente do Coren-RS, enfermeiro DANIEL MENEZES DE SOUZA

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