Solução para passagem do trem pelo bairro Simões Lopes é discutida na Prefeitura
A equipe responsável pela elaboração do Plano de Mobilidade Urbana de Pelotas se reuniu, nesta quarta-feira, com representantes da empresa Rumo, operadora da ferrovia que corta o município. Soluções para a passagem de trens pelo bairro Simões Lopes, buscando diminuir os transtornos causados a moradores, usuários do transporte coletivo e ônibus intermunicipais, foram debatidas.
Diariamente, os veículos cortam a passagem do Centro para o bairro em seis momentos diferentes. A maior dificuldade é quando há o cruzamento de dois trens, o que gera engarrafamento e a interrupção do tráfego de um lado a outro; isso ocorre em Pelotas, pois é o único ponto com a estrutura para tal na Zona Sul.
“Problemas sempre existiram, mas vêm aumentando nos últimos anos. Não somos avisados dos horários de passagem de trem, é uma surpresa. Apenas em alguns momentos temos uma vaga noção”, pontuou o secretário de Transporte e Trânsito, Flávio Al Alam. Em decorrência disso, a Prefeitura encontra dificuldades para sinalizar desvios e traçar rotas diferenciadas de ônibus, a fim de evitar prejuízos à circulação, explicou.
A ferrovia corta as ruas Saturnino de Brito, Lobo da Costa, Tiradentes e Frederico Bastos, rotas de escoamento da produção para o Porto de Rio Grande e ligação com o Porto de Pelotas, o que afeta ainda os terminais de carga.
O país possui, atualmente, 29 mil quilômetros de ferroviais conforme a Rumo, que são administradas pelo governo federal com concessões à iniciativa privada; por isso, a União é quem decide sobre mudanças no traçado.
“É um assunto de longa data, em que trilhos dividem um bairro. O desenvolvimento da cidade trouxe consequências e precisamos encontrar alternativas. Não dá para deixar do jeito que está. Estamos no rumo das soluções e bons encaminhamentos”, afirmou o vice-prefeito Idemar Barz.
Esse conflito urbano também é um transtorno para a empresa, disse a gerente de planejamento, Giana Custódio. O fato das cidades terem crescido em torno das ferrovias afeta as operações da Rumo, que se colocou como parceira na busca por saídas.
As revindicações apresentadas pelo Poder Público serão levadas à central da empresa, em Curitiba. Também houve o comprometimento na melhoria da comunicação, a fim de que a Secretaria de Transporte e Trânsito saiba com antecedência das operações e possa trabalhar para que a mobilidade não seja comprometida.