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segunda, 23 de dezembro de 2024

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Aos 43 anos, goleiro Luciano pensa em esticar a carreira

17 dezembro
09:38 2013

Aos 43 anos, o goleiro Luciano não decidiu ainda se vai “pendurar as luvas”. Ele admite jogar mais uma temporada, após ter sido decisivo no acesso do São Paulo à primeira divisão em 2013. “Ainda sinto que posso seguir me divertindo um pouco mais no futebol, que é o que eu gosto de fazer”, diz o jogador. As propostas têm aparecido, especialmente para disputar à Divisão de Acesso.

“Eu posso até já ter parado. Não sei. Tudo depende do que me aparecer. Se não aparecer nada interessante, eu vou trabalhar na minha área, que é a educação física. Mas posso também acertar com algum clube, que não seja de muito longe de Pelotas”, disse. Luciano é um especialista em acesso no futebol gaúcho. Neste ano, ele alcançou o sexto ao longo da carreira, que começou em 1988 no Pelotas.

Para o goleiro, a temporada de 2013 foi espetacular. Teve grandes atuações, sendo o principal jogador no acesso do São Paulo. “Para um jogador na minha idade, jogar 37 jogos dos 38 da equipe no ano, é sensacional. Então, foi mesmo um ano muito bom”, comentou. Luciano só ficou fora de uma partida do São Paulo, que foi contra o Aimoré, em São Leopoldo. E não jogou porque todos os titulares foram poupados na partida seguinte à garantia do Acesso.

Luciano disputa lance no alto num dos tantos confrontos com o Brasil em 2013: grandes atuações Foto: Alisson Assumpção/DM

Luciano disputa lance no alto num dos tantos confrontos com o Brasil em 2013: grandes atuações
Foto: Alisson Assumpção/DM

Luciano Moraes Ribeiro teve atuações destacadas diante do Brasil – incluindo três defesas de pênaltis. O Clássico da Zona Sul se tornou especial para ele. “Fiquei três anos no Brasil, sendo sempre contestado, mas sendo sempre o primeiro a renovar contrato, e recebendo aumento. Eu era visto como um jogador importante no grupo. E só saí porque tive um problema com um diretor, que veio a ser o presidente do clube (Ricardo Fonseca). Se não eu estaria até hoje no Brasil”, completou.

Quanto ao São Paulo, ele manifesta mágoa pela forma em que os heróis do acesso estão sendo tratados

Saída do clube sem dinheiro

Luciano não esconde que gostaria de ter permanecido no São Paulo para disputar a primeira divisão. Mas a nova diretoria do clube optou por mudança total no futebol. Maior do que a frustração de não ter tido a chance de disputar o Gauchão é a revolta por ter saído do Leão do Parque sem receber sequer o prêmio pelo acesso à primeira divisão. Ele confessa que tem ido todas as semanas a Rio Grande, mas volta no máximo com vales de R$ 200,00.

Segundo o jogador, os salários estão atrasados desde setembro. O ex-presidente Paulo Costa deixou o clube em novembro e passou a responsabilidade para seu sucessor Domingos Escovar. “Pelo que tenho visto e pela minha experiência, eles não estão pagando não porque não querem, mas é porque não possuem condições. O dinheiro da Federação (cota do Gauchão) foi todo penhorado para pagar dívidas trabalhistas”, diz.

“É muito revoltante não receber o que se tem direito. Na semana passada, quando vários jogadores foram ao estádio para conversar com a diretoria, foram colocados seguranças na porta para impedir a chegada dos jogadores. Isso é revoltante”, desabafa.

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