Região central da cidade concentra maior número de casos do coronavírus
05 junho
09:49
2020
Durante a coletiva de imprensa, realizada pelas redes sociais nesta quinta-feira (4), a prefeita Paula Mascarenhas apresentou o mapa de contágio com os casos confirmados de Covid-19 de Pelotas. A pesquisa foi realizada pela Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) em parceria com o Observatório de Segurança Pública de Pelotas.
Até os registros confirmados na quarta-feira (3), 46% dos infectados residem no Centro, enquanto 15% moram no Areal, 11% no Fragata e 10% nas Três Vendas. O mapa também aponta que 8% dos infectados estão na região do São Gonçalo, 6% no Laranjal, 2% na Barragem e outros 2% são moradores da Zona Rural.
De acordo com a prefeita, os casos confirmados foram colocados sob o território pelotense para dimensionar o contágio no município. “Com este mapa podemos ver onde estão as pessoas contaminadas, disparadamente percebemos que a região do Centro tem esses casos confirmados residindo no bairro, pois são pessoas que tem maior acesso à testagem, seguidos dos bairros Areal e Fragata”, analisou Paula durante a live.
Segundo a coordenadora do Observatório, Cíntia Aires, os dados foram repassados pela SMS, sem identificação do paciente, apenas com informações para realizar o mapeamento, como idade, o período de monitoramento e o endereço do paciente para qualificar os dados.
“Além da localização para realizar o mapeamento, conseguimos realizar uma pesquisa de perfis dos contaminados, qual o sexo mais contaminado, em qual faixa etária o vírus está mais presente e assim, fazer uma análise geral para informar à população sobre as áreas mais críticas, preservando a identidade do paciente”, afirma Cíntia.
A chefe da Vigilância Epidemiológica, Carmem Veiga, explica que a pasta realiza todo monitoramento caso a caso, além de avaliar a situação dos comunicantes (quem teve contato com positivado para a doença). “Seguimos todo o protocolo de testagem da Secretaria Estadual de Saúde e de isolamento para cada caso, sendo individualmente planejado, podendo ser atendimentos pela atenção básica ou pelo seu médico particular, sendo monitorado a cada 48 horas para ver o estado de saúde do paciente”, ressalta Carmem.
“A Vigilância Epidemiológica avalia também do local de trabalho do contaminado, em quais ambientes ele circulou para fazer todo o acompanhamento do caso e, com isso, passar todas as informações para os comunicantes do confirmado para evitar a propagação do vírus em demais ambientes. Locais de longa permanência de pessoas, onde haja caso de pessoa com síndrome gripal, bem como laboratórios que realizam exames para o novo coronavírus, devem afastar a pessoa e notificar a SMS para estarmos atentos para que outras não venham a se contaminar caso seja Covid-19, evitando assim um possível surto da doença no local”, finaliza a chefe da Vigilância Epidemiológica.