Diário da Manhã

Muitas pessoas não se consideram em condições de adotar uma criança e arcar com todas as responsabilidades que esta atitude requer, mas podem, ainda assim, se tornar um referencial afetivo, tanto familiar quanto comunitário, fazer companhia e dar afeto.

Dezenas de crianças e adolescentes que moram, atualmente, em um dos abrigos institucionais mantidos pela prefeitura de Pelotas, aguardam por este ato de coragem e de solidariedade, que tem muito a agregar, a ambas as partes.

Criado há dez anos por meio de uma parceria entre a prefeitura e a Promotoria da Infância e Juventude de Pelotas, o Programa Apadrinhamento Afetivo (PAA) já teve 13 edições e prepara mais uma. As inscrições para os candidatos a padrinho podem ser feitas até o final de abril, às terças e quintas-feiras, entre 13h30min e 17h30min, na Secretaria de Justiça Social e Segurança (SJSS), à rua Marechal Deodoro, 404.

A proposta do PAA é o fortalecimento de novos vínculos afetivos e não mais frustrações na vida destes menores que se encontram em medida de proteção. Em muitos caos, o único referencial adulto que eles têm, em toda sua infância e adolescência, são os cuidadores e supervisores destas casas.

CRITÉRIOS

Podem ser apadrinhados adolescentes e crianças abrigados, a partir de 7 anos, que tenham impossibilidade de retorno à família de origem ou extensa (aquela que vai além da unidade pais e filhos ou da unidade do casal, formada por parentes próximos com os quais a criança ou adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e afetividade), a destituição do poder familiar e com  chances remotas de adoção, entre outros critérios estabelecidos pelo abrigo.

A SJSS aconselha aquelas pessoas que considerarem se candidatar a padrinho ou madrinha para que, antes mesmo de se inscreverem, façam uma séria avaliação sobre a possibilidade do apadrinhamento, pois é necessária muita responsabilidade por parte do candidato já que estas crianças e adolescentes abrigados romperam vínculos ao saírem de suas casas e um novo rompimento poderia afetá-los emocionalmente.

Ao comparecer na SJSS o candidato a “dindo” ou “dinda” deverá preencher uma ficha de inscrição, além das normas do programa e documentos a serem entregues. Todos os candidatos passarão por critérios de avaliação, como visitas domiciliares e entrevistas individuais e de grupo. Ao final do processo, a pessoa será considerada apta ou não ao apadrinhamento afetivo. O candidato aprovado em todas as etapas e considerado apto ao apadrinhamento não tendo sido contemplado com um afilhado por algum motivo na edição de 2015 terá seus dados inseridos no banco de dados para a edição de 2016, não sendo necessário passar por todo o processo novamente.

Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail [email protected] . Telefone (53) 3309-3600.