Ação de alguns torcedores causa prejuízo de R$ 30 mil ao Brasil
A ação de alguns torcedores do Brasil, quarta-feira, na Arena do Grêmio, passou a ganhar mais importância do que a campanha do time, que chegou à fase semifinal do Campeonato Gaúcho. Cerca de 50 cadeiras teriam sido arrancadas por alguns membros da torcida xavante. A administração da Arena pretende cobrar cerca de R$ 30 mil do clube pelotense como ressarcimento por esses danos ao patrimônio da OAS.
“Nós somos contra ao que alguns torcedores fizeram na Arena”, disse o diretor administrativo do Brasil, Fabrício Marin. Tanto que a diretoria pediu ontem, através do twitter oficial do clube, ajuda para identificar os responsáveis pelo vandalismo. O assunto ganhou repercussão nacional, principalmente em decorrência de uma torcedora ter postado nas redes sociais uma foto em exibe uma cadeira arrancada da Arena e trazida para Pelotas como lembrança.
O valor deve ser descontado dos aproximadamente R$ 200 mil que o Brasil tem direito da renda (30% da arrecadação bruta) do jogo de quarta. Marin revelou que valor não foi ainda depositado na conta do clube. E mais: “O Brasil quer 30% referentes aos 4 mil ingressos que a torcida do Brasil teria direito na Arena. Se a Brigada Militar não permitiu que fosse cumprido o regulamento (geral de competições da CBF) não é problema do Brasil”, afirmou.
Pelo regulamento, o Brasil teria direito – como visitante – a 10% dos ingressos em relação à capacidade total do estádio. Ou seja, 5,5 mil ingressos. Apenas 1,5 mil foram destinados aos xavantes. O clube ingressou com ação na 5ª Vara Cível de Porto Alegre, reivindicando esse direito.
Fora da final do Gauchão, o Brasil passa a pensar no futuro. Os jogadores se reapresentam nesta sexta-feira no Bento Freitas, mas serão liberados. Haverá um longo recesso. O Campeonato Brasileiro da Série D vai começar no dia 27 de julho. Até lá serão 120 dias sem competição oficial.
A prioridade é manter o técnico Rogério Zimmermann (foto). O contrato do treinador vai até o final de maio. Depois de quase dois anos de trabalho bem sucedido no Bento Freitas é natural que o técnico passe a ser assediado por outros clubes – inclusive, com maior pode de investimento do que o Brasil. O mesmo vai ocorrer com os principais jogadores como Cleiton, Alex Amado e Rafael Forster.
Bate Pronto por Caldenei Gomes
Mãozinha
Que houve toque de mão de Luan no segundo gol do Grêmio, não há dúvida. Erro grave da arbitragem. Num lance em que resultou em gol, quando, justamente, o Brasil colocava em prática o plano de reação traçado no vestiário. Levar o segundo gol na Arena é um “balde d’água fria”. Um golpe duro para ser assimilado.
Mas dizer que o Brasil foi eliminado por esse lance apenas é profetizar. Afinal nada garante que, se esse lance tivesse sido anulado, o Grêmio não teria marcado outro gol. Ou que o Xavante chegaria o empate. É certo que a história da partida teria outro rumo. Assim, a arbitragem influenciou diretamente no resultado naquele momento. O erro desenterra a eterna sina de perseguição que acompanha o interior em jogos com a Dupla Gre-Nal.
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Valorização
A quase totalidade dos jogadores do Brasil chega valorizada ao final do Gauchão. É consequência natural da boa campanha. Um desafio maior para a diretoria do clube na tentativa de manter a base para jogar a Série C do Brasileiro. Algumas perdas serão inevitáveis. Até porque a maioria dos contratos termina agora no final do Gauchão.
Até os reservas menos cotados no começo da competição ou pouco aproveitados ao longo do campeonato se valorizaram. Ricardo Schneider terminou o Gauchão como titular da zaga, aproveitando-se das lesões de Cirilo e Evaldo. Edu Silva, Nunes e Léo Dias pouco jogaram, mas quando foram chamados deram a resposta. Como sempre tem a exceção: Elton perdeu espaço e acabou quase esquecido no grupo xavante.