Adutora da ETA São Gonçalo já está na frente do IFSul
Rede que conduzirá água tratada é de 700 milímetros em ferro fundido
A implantação da tubulação que conduzirá água tratada da futura Estação de Tratamento de Água (ETA) São Gonçalo até o reservatório R-1, localizado na praça Piratinino de Almeida, já se encontra na frente do IFSul, pelo canteiro central da praça 20 de Setembro. As obras da adutora avançam de 70 a 100 metros por dia.
O diretor-presidente do Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas (Sanep), Jacques Reydams, informa que no Capão do Leão – onde está localizada a ETA – a parte civil de construção da Estação está em fase de finalização. “Em janeiro de 2017, pretendemos iniciar as obras eletromecânicas, que envolvem comportas, escotilhas, escadarias e filtros. Devemos começar também a captação de água bruta do São Gonçalo, acima da eclusa”, disse.
O R-1 distribuirá água para os reservatórios R-3, da rua Andrade Neves esquina Pinto Martins (até então abastecido pela ETA Santa Bárbara), e para o R-4, da Andrade Neves esquina João Manoel – que recebe água da ETA do Sinotti. Estas duas estações de tratamento são de barragens e, como o sistema depende de chuvas, não há garantias da estabilidade do abastecimento. A realidade da ETA São Gonçalo é outra, já que o canal é fonte quase inesgotável.
A expectativa do Sanep é de que, no verão de 2018, os três reservatórios já possam contar com abastecimento de água tratada da ETA São Gonçalo, distribuindo-a para cerca de 170 mil consumidores. A construção da Estação, a tubulação e as obras de instalação das redes foram orçadas em R$ 42 milhões, com recursos federais do PAC Saneamento e contrapartida do Município.
Material histórico
As escavações ao longo do canteiro central da praça 20 de Setembro contam com acompanhamento do Instituto de Memória e Patrimônio – empresa vencedora da licitação para estes fins.
O antropólogo arqueólogo Cristiano Von Milhan informa que foi encontrado material histórico nas escavações feitas nas proximidades do entroncamento com a avenida Presidente João Goulart. Nove caixas com pedaços de louças de procedência europeia, datadas do período colonial (séculos XVI e XVII), foram coletadas. Esse material será interpretado posteriormente, quanto ao valor histórico. Também foram recolhidos fragmentos de cerâmicas e de construção.