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quarta, 23 de outubro de 2024

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ÁGAPE : Exposição do “Grupo Superfície”

ÁGAPE : Exposição do “Grupo Superfície”
16 junho
09:23 2016

Nesta quinta às 19h no Ágape Espaço de Arte, abertura da coletiva “Da superfície ao horizonte: visualidades em trânsito”

Por Carlos Cogoy

Cinco artistas integram atualmente o Grupo Superfície. Em atividade há sete anos, o coletivo tem dezenas de criações em conjunto, participando de exposições e eventos em diferentes locais. Nesta quinta, porém, com a curadoria do prof. José Luiz de Pellegrin (UFPel), Carla Borin, Carla Thiel, Daniela Meine, Mariza Fernanda e Paloma De Leon, estarão expondo suas criações individuais. Na coletiva “Da superfície ao horizonte: visualidades em trânsito”, linguagens como desenho, fotografia, pintura e colagem. Como local, a galeria JM. Moraes do “Ágape” – rua Anchieta 4.480. Informações: (53) 3028.4480. Email:[email protected]

O trabalho coletivo influencia nas criações individuais

O trabalho coletivo influencia nas criações individuais

POÉTICA – Sobre a expressão individual do coletivo, Daniela Meine menciona: “A mostra traz uma proposta diferente. Resolvemos expor trabalhos individuais, já que cada integrante tem sua poética. Consideramos que estava na hora de levar a público esses trabalhos. Também acreditamos que, conhecendo nossos trabalhos individuais, será feita a conexão com o coletivo. E observo que é quase impossível não haver uma troca, ou seja, o trabalho coletivo refletindo no individual e vice-versa. São duas as necessidades. Uma delas é a continuidade à produção individual, o que exige pesquisa e muito trabalho. Ao alimentarmos esse trabalho, também contribuímos com a concepção coletiva. E também a necessidade de discernir acerca dos trabalhos individuais, entendendo que nele carregamos uma bagagem do coletivo, mas que precisamos filtrar para encontrarmos a nossa poética individual”. Na mostra, produções recentes que poderão ser comercializadas.

ALTERIDADE – Em relação ao trabalho coletivo, Daniela afirma: “O grupo fala em alteridade, pois nos colocamos no lugar da outra. Esta tomada de consciência foi sendo adquirida, através de muitas conversas e até discussões, ao longo dos sete anos. O trabalho em grupo requer desacomodação, aceitação, renúncia, despojamento, respeito. É a vontade de ir em frente, com grandes ideias mas pouquíssimos recursos. Denominamos o trabalho como ações, pois a pintura vai além das técnicas ‘formais’. As ações envolvem uma expressão que vai além do pincel, do lápis, provoca um deslocamento corporal, envolve a ação da gravidade, depende do tempo. A grande maioria dos trabalhos do grupo acontece com a participação de todas as integrantes e, dependendo do tamanho, chega-se a trabalhar as cinco ao mesmo tempo.  Os trabalhos são construídos através  das ações, que são manchar, escorrer, respingar, contornar, carimbar, desenhar, recortar, apagar. Não existe esboço, mas a análise constante dessas ações. Nalguns trabalhos, a palheta de cores é escolhida, pois a tendência é carregar com muitas cores. No entanto, quando as cores são escolhidas, também é imposto um limite interessante”. Na trajetória, mais de cem trabalhos, incluindo instalações, vídeos e objetos.

Grupo Superfície arte coletiva 6TRAJETÓRIA – O grupo surgiu em 2009, reunindo nove integrantes, que se conheceram como colegas nas aulas de pintura na UFPel. O nome “Superfície” foi sugestão da professora Adriane Hernandez, quando o grupo realizou a primeira exposição em Porto Alegre. Semanalmente acontecem encontros das integrantes. Além de Pelotas e Casa de Cultura Mário Quintana, bem como espaço no muro da avenida Mauá em Porto Alegre, o grupo já expôs em Santa Maria, Bagé, Montenegro e Bento Gonçalves.

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