ÁGAPE : Exposição “Do sonho e do pesadelo”
Nesta segunda às 19h na galeria de arte JM. Moraes do espaço Ágape, abertura de mostra com criações dos artistas Rafael Drum e Théo Gomes
Por Carlos Cogoy
As temáticas e os materiais são diferentes, mas eles idealizaram uma mostra em conjunto. Dois jovens artistas visuais, o bajeense Théo Gomes e o minero Rafael Drum – natural de Guaxupé -, estarão apresentando criações na exposição “Do sonho e do pesadelo”. A abertura acontecerá nesta segunda-feira às 19h no Ágape Espaço de Arte – rua Anchieta 4.480. A mostra conta com apoio, e o “Padrinho das Artes”, como define Daniela Meine, que coordena o Ágape, é o grupo Habitare Empreendimentos. Os dez primeiros visitantes, informa Daniela, receberão um presente. A visitação terá início amanhã, estendendo-se até 24 deste mês, sendo que de segunda a sexta, das 9h ao meio-dia e das 14h às 19h. Aos sábados das 12h30min às 18h30min. Informações e agendamento: (53) 3028.4480; 9 8438.4480. E-mail:[email protected]
IDEIA – Théo Gomes observa sobre a ideia da mostra: “Recebemos o convite da Daniela, para a realização de exposição. Então, juntos decidimos pela mostra com os dois trabalhos, que foram realizados separadamente. O título decorre do contraste entre as duas propostas, pois a minha linguagem transmite universo mais leve. As minhas obras são de sonho, com criações de diferentes fases, e apresentando aquarelas, giz pastel e desenhos em nanquim. Já o trabalho do Rafael é mais intenso, com monstros e uma atmosfera grotesca. A sua produção é com tinta óleo e spray. Recentemente, através de edital, ele fez uma exposição individual em Chapecó”.
PESADELO – Rafael Drum divulga sobre a sua participação na exposição: “Do pesadelo, o sonho cria monstros, transformando-se em pesadelo. Essa passagem, de um contexto onírico sublime para um infernal, representa a metamorfose das imagens que participam de tal processo inconsciente. Nas minhas pinturas, partir de uma prática pictórica, invisto na possibilidade de trabalhar com o estilo dos grafites urbanos, o grafismo das ruas. Nas obras encontramos seres imaginários, saídos de um universo fabuloso”. Rafael está concluindo o bacharelado em artes visuais na UFPel. Na trajetória, também aprendiz de marcenaria, baterista de bandas de rock e grafiteiro. Ele acrescenta: “No meu trabalho artístico, busco questões que possamos compartilhar, através de imagens, símbolos, marcas, vivências. Penso na arte como algo que faz sentido no mundo, que provoca o espaço do mundo, que possibilita outros mundos”. Entre as principais mostras, individuais e coletivas, menciona: Monstros (2017); (IN)Cômodo (2016); Convoca II (2016); Convoca I (2015); Poéticas em Movimento (2014); Grito Rock (2013).
SONHO – Théo Gomes afirma sobre a mostra que abre hoje: “Através de padrões e linhas, o desenho descreve memórias, trazendo à tona narrações gráficas de uma atmosfera que permeia o onírico e o real. O observador entrará em um mundo de memórias, minuciosamente criado através de detalhes feitos por quem submergiu no próprio oceano”. Recentemente, Théo realizou a 15ª individual, e o local foi o espaço Kalanchoe Cactus Y Suculentas – Félix da Cunha 461. Estudante de artes visuais na UFPel, ele menciona: “Participo de mostras desde os doze anos. Na trajetória, tive a oportunidade de integrar diversas coletivas. Prestes a concluir a formação em artes visuais na UFPel, meu estilo tem amadurecido, pois fui adquirindo mais conhecimento, tanto em relação à história da arte, quanto ao aprendizado técnico. E passei à inserção de outros materiais e superfícies, analisando melhor o meu trabalho, refletindo sobre o ato de desenhar. Mas sempre procurando registrar o mundo através da minha visão”.
INFLUÊNCIAS – Théo conta que a primeira influência foi do avô desenhista. Aos nove anos, em Bagé, começou aulas de desenho no Centro de Desenvolvimento da Expressão Odessa Macedo. Adolescente, motivou-se pelo grafite, artes gráficas, ilustrações, capas de discos e CDs. Na UFPel, destaca o aprendizado no estudo sobre arqueologia pré-colombiana. As diferentes fontes foram moldando o artista que se expressa com variadas abordagens. “Posso pontuar em desenho, grafite, pitura e mais recentemente a tatuagem. Tenho trabalhado sob encomenda, customizando roupas, e também na ilustração vetorizada. Para divulgar meu trabalho, recorro às plataformas digitais. Não tenho um nicho específico, pois a arte tem de ser mostrada para todos. Nos desenhos que crio, tento passar a minha identidade”, esclarece. Exemplificando o quanto sua arte tem dialogado com realidades distintas, Théo cita que participou do “Ilustrarte”, exposição coletiva no Shopping Pelotas, bem como integrou a exposição “Ocupa”, pintando as quatro paredes da sala da Ocupação Coletiva de Arteirxs (OCA), nas imediações do Porto.
ESTÚDIO “Shock Urbano”, anexo à loja Mercado Skate Shop – rua Andrade Neves 2.084 -, tem sido o espaço para a prática da tatuagem. Contatos via Facebook Théo Gomes, ou no instagram “@theogomesarte”. Informações também no fone: 9 9996.7243. Email:[email protected]
