Água e gás ainda são difíceis de encontrar
Apesar da situação do abastecimento já estar se normalizando, alguns produtos ainda estão escassos nos estoques.
A greve dos caminhoneiros que começou na segunda-feira (23) iniciou uma crise de abastecimento no País, principalmente na região sul. Agora, mesmo com os problemas atenuados e com gasolina nos postos, algumas dificuldades persistem. Empresas de fornecimento de gás e água, por exemplo, continuam com pouca disponibilidade de produtos que, quando chegam, logo acabam.
“Água é que nem gasolina, quando ameaça faltar o pessoal sai comprando feito louco”, resumiu com humor Reginaldo Goulart, do Tele Água. A situação na empresa, que no auge da crise ficou três dias sem um galão sequer, continua difícil. Na terça-feira (03) chegaram 300 litros d’água, mas em poucas horas já havia terminado e até ontem estavam sem água em função de um caminhão trancado perto de Porto Alegre.
A situação nas distribuidoras de gás de cozinha não é diferente. O proprietário da Gás Marrinhas, Albano Marrinhas, teme que mesmo dispondo do produto, faltem vasilhames para suprir a demanda. Na semana em que a greve começou, o estoque da empresa se esgotou na quinta-feira (26) e ficou assim, vazio, até terça-feira (03). Na Supergás chegou ontem uma carga de 40 botijões que, em razão dos muitos pedidos acumulados, acabou na hora.
O gás vai subir
É o que afirmam os proprietários das distribuidoras. De acordo com estes empresários, o preço vai subir entre R$ 1,50 e R$ 2,00, o que corresponde a mais de 4% do valor atual. Com o preço do frete que será renovado, a tendência é de que o valor seja repassado para o consumidor.