Diário da Manhã

Por: Henrique König

No Bento Freitas, horário atípico que se espera ser exclusivo durante a pandemia de partidas sem público. Às 16h de quarta-feira (11), o Brasil recebeu o Coritiba e perdeu por 2×0. Os gols foram do artilheiro Léo Gamalho. O resultado deixa o Xavante ainda na lanterna, com 12 pontos. O Coxa Branca chega à pontuação da liderança, com 33. É o segundo melhor ataque da Série B, em grande trabalho do técnico paraguaio Gustavo Morínigo.

Com mudanças pontuais no elenco, o panorama ainda é de muita, mas muita dificuldade para o técnico Cléber Gaúcho tirar o Rubro-Negro das últimas posições.

O Brasil até começou atacando. Aos 10 minutos, Renatinho escapou pelo meio, encontrou espaço, arriscou e a bola passou rasteira pela linha de fundo. O Xavante fazia bom jogo, explorando as laterais de ataque. Wesley sofreu uma falta na intermediária ofensiva. Renatinho cobrou, acertou a barreira e ganhou escanteio. Era um time presente no campo adversário.

O Coritiba passou a equilibrar a posse de bola após Denilson sentir dores, na metade do primeiro tempo. Arriscou uma bola de longe e Matheus Nogueira espalmou para salvar o Xavante, aos 25’.

E a superioridade do Coritiba deu resultado no minuto seguinte. Lançamento consciente para área, domínio de Léo Gamalho no costado da marcação, ele ajeitou e fuzilou para as redes: 1×0 para o Coxa. A velha bola aérea e a velha falha de marcação pela zaga.

Brasil tropeça novamente em casa e chega a três derrotas seguidas na Série B
Foto: Carlos Insaurriaga / GE Brasil

O Brasil tinha dificuldade de voltar para o jogo, o Coritiba veio com Gui Azevedo, ele ajeitou a bola em velocidade, arriscou e passou perto. O Xavante tentou aos 36’ com cobrança de falta de Renatinho, Arthur Henrique cabeceou e Wilson pegou.

O jogo foi para o intervalo. Na volta, o Coritiba teve chance com Léo Gamalho em cobrança de falta, mas ele mandou alto demais, aos 4’. Veio de novo o Coritiba, jogada trabalhada de pé em pé até M.Sales finalizar pela linha de fundo.

Aos 9’, Renatinho, o homem da bola parada, cobrou fechada, Wilson dividiu com o volante Wesley e o Xavante ganhou escanteio, mas não conseguia impor a pressão. Cléber Gaúcho mudou com Romulo no lugar de Denilson, renovando fôlego.

O Coritiba tentou com o experiente Rafinha de longe e Matheus Nogueira conferiu no canto, espalmando. O jogo foi cozinhado em banho-maria, sem maiores alterações, apesar das trocas. O ineficiente ataque xavante tentou novamente com Ramon no lugar de Fabricio, mas o time oferecia cada vez menos perigo à meta de Wilson.

Enquanto a sombra cobriu a totalidade do gramado, o Coritiba aplicou o último castigo nos minutos finais. Pênalti cometido pelo lateral Oliveira, que não usou de força desproporcional no lance, mas o jogador do Coxa valorizou o contato. A penalidade foi cobrada pelo artilheiro Léo Gamalho, que definiu o 2×0, placar final.

“Fizemos um bom primeiro tempo, não fomos pressionados pelo Coritiba, que faz isso com outros adversários. O Léo Gamalho procura as costas dos zagueiros, mas infelizmente levamos o gol nessa pedra cantada”, avaliou Cléber Gaúcho. Ele relatou que gosta de ver a equipe atuar com marcação alta, como foi em sua estreia contra o Guarani, mas que isso nem sempre é possível, reconhecendo a qualidade do Coxa.

Pela 18ª rodada, o Xavante visita outra boa equipe, o Botafogo de Enderson Moreira, no estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro. O jogo está marcado para domingo (15), às 18h15.

FICHA TÉCNICA: BRASIL 0x2 CORITIBA

BRASIL: Matheus Nogueira; Oliveira, Alan Dias, Arthur Henrique e Paulinho; Denilson (Romulo), Wesley, Renatinho, Fabricio (Ramon), Netto (Luiz Fernando) e Júnior Viçosa. Técnico: Cléber Gaúcho.

CORITIBA: Wilson; Natanael, Henrique, Nathan Ribeiro e Guilherme Biro; M.Sales, Val (Willian Farias), Rafinha (G. Bochecha), Gui Azevedo (Waguinho), Léo Gamalho e Igor Paixão (Valdeci). Técnico: G.Morínigo.

• ÁRBITRO: Fábio Augusto Jr, com Roger Goulart e Rodrigo Pereira
• GOLS: Léo Gamalho, aos 25’ e aos 42’/2º
• Partida válida pela 17ª rodada, disputada no Bento Freitas, em Pelotas