AMAZONAS E RORAIMA : Câmara vai recorrer ao MPF para solucionar problemas de residenciais
Como última alternativa para tentar atender aos repetidos pedidos de ajuda dos moradores dos residenciais Amazonas e Roraima no Sítio Floresta, a Câmara Municipal deverá encaminhar ao Ministério Público Federal (MPF) um dossiê com dados e imagens dos problemas que afetam os prédios construídos há 18 meses e que ameaçam o bem-estar e a segurança das mais de 200 famílias que residem nos locais.
Esta semana o segundo secretário da Câmara Municipal, vereador Marcos Ferreira, o Marcola (PT) esteve nos dois condomínios para fazer uma inspeção dos imóveis e constatou a existência de infiltrações, vazamentos de água e esgoto, rachaduras e problemas estruturais que ameaçam o patrimônio dos moradores. “É inadmissível que prédios ainda dentro a garantia apresentem este tipo de problema e ninguém resolva como deve. O Governo Federal pagou por estes imóveis e subsidiou a compra através do Minha Casa, Minha Vida por isso não pode abrir mão de zelar pelo que é de todos. Queremos que a Caixa Federal e o Ministério Público Federal tomem as providências cabíveis para proteger estas pessoas”, argumentou Marcola.
As síndicas Bruna Ferreira e Fernanda Bittencourt, que acompanharam a vistoria, dizem que os pedidos para a realização de reparos costumam ser ignorados ou protelados ao máximo pelas construtoras responsáveis pelos prédios e quando são feitos nunca resolvem os problemas definitivamente. “Vieram aqui para tapar uma rachadura e aplicaram uma espécie de cola que não resolveu nada e não impede que o apartamento do morador siga impregnado de umidade”, comenta Bruna.
ÁGUA – Outro objetivo da visita foi conferir a situação dos hidrômetros apontados pelos funcionários do Sanep responsáveis pelas leituras do consumo de água como de “difícil acesso”. Para surpresa do vereador todos os aparelhos estão em locais de fácil acesso e não há nada que justifique a não realização das leituras e a cobrança baseada na média de consumo como vem acontecendo.
“Não foi encontro um único obstáculo para a realização das leituras, a partir disso fica claro que a cobrança por média é ilegal e os moradores não devem pagar estas contas e, ainda, precisam ser indenizados pelos transtornos causados pelo próprio Sanep”, comenta. Conforme Marcola uma ação judicial conjunta deve ser ajuizada contra a autarquia pedindo a reparação dos danos causados aos moradores que chegam a pagar contas de água com valores considerados abusivos.