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segunda, 25 de novembro de 2024

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Apesar da estiagem, RS pode registrar uma das maiores safras da história

Apesar da estiagem, RS pode registrar uma das maiores safras da história
09 março
08:44 2018

Apesar dos problemas causados pela estiagem, a atual safra não será tão prejudicada. De acordo com o Informativo Conjuntural divulgado pela Emater/RS-Ascar, nesta quinta-feira (08/03), mesmo que o cenário perdure e ainda que as perdas aumentem em determinadas áreas, parece certo que o total a ser colhido das culturas de verão se situará entre as três melhores safras da história, com uma produção de 30,2 milhões de toneladas, o que deve causar um impacto superior a R$ 27 bilhões na economia gaúcha.

 Segundo os números preliminares levantados na segunda quinzena de fevereiro, o Rio Grande do Sul registra, até o momento e em relação à safra passada, uma redução de 9,16% na produção total dos principais grãos de verão: arroz (-1,76%); feijão (-8,82%); milho (-23,82%) e soja (-7,83%).

Trata-se de uma estimativa preliminar porque importantes culturas, como arroz e soja, apresentavam um baixo percentual de área colhida no período do levantamento de dados. E o avanço da colheita poderá, ou não, confirmar esses números. Além disso, a estiagem que afeta algumas regiões ainda está em curso, o que poderá causar consequências mais severas do que as registradas até o momento.

Uma análise mais detalhada das produtividades obtidas entre as regiões administrativas da Emater, até o momento, pode explicar melhor a influência do déficit hídrico registrado nas culturas em andamento, uma vez que este vem ocorrendo de forma distinta, muitas vezes até mesmo dentro de um mesmo município.

A região de Pelotas (Sul), sem dúvida, é a que vem registrando o maior impacto, com redução de 48,38% na produção de feijão, 37,49% no milho e 31,26% na soja, frente às estimativas iniciais divulgadas ainda em setembro de 2017 na Expointer. Outras regiões também registram prejuízos dependendo da cultura.

Porto Alegre, por exemplo, também apresenta redução na produção de soja, na ordem de 36,38%. Já no milho, por ter sido plantado antes e por enfrentar a deficiência hídrica com as lavouras mais adiantadas, teve aumento em relação ao que era esperado inicialmente.

A região de Bagé é outro exemplo das consequências da variabilidade climática. Na cultura da soja, lavouras da Campanha tiveram impacto significativo, enquanto as localizadas nos municípios mais a Oeste tiveram rendimentos bem melhores, fazendo com que a região, embora castigada com a estiagem, registre uma redução de apenas 4,55% na produção em relação à estimativa inicial.

No arroz e no feijão primeira safra, o comportamento das produtividades acompanhou as demais culturas, porém com impactos menos significativos. A primeira por não sofrer falta de água para o manejo da irrigação. Já cultura de feijão, por outro lado, foi plantada já a partir de agosto, e em dezembro, quando se intensificou a estiagem, boa parte das lavouras estava em maturação fisiológica, fase da cultura na qual a necessidade de água é mínima.

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