Diário da Manhã

quinta, 28 de novembro de 2024

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ÁREA PARA REPOUSO : Leões-marinhos têm ocupado áreas centrais de Rio Grande

11 junho
08:30 2019

Na região central do Município de Rio Grande – mais precisamente nas proximidades do Mercado Público, do Porto Velho e da hidroviária – tem ocorrido a presença de leões-marinhos, que utilizam a área para repouso. O Projeto Pinípedes do Sul, patrocinado pela Petrobras, tem monitorado a atividade desses animais, mamíferos marinhos adaptados a vida aquática e terrestre e pertencentes ao grupo dos Pinípedes.

Esses espécimes também são registrados, com mais frequência, na extremidade do Molhe do Leste, localizado na cidade de São José do Norte. Com o objetivo de proteger os leões e lobos-marinhos, foi criada em 1996 neste local uma Unidade de Conservação: o Refúgio de Vida Silvestre do Molhe Leste.

Por não serem animais domésticos, orienta-se a comunidade a manter distância dos animais. Quem encontrar algum exemplar ferido ou debilitado, pode entrar em contrato com o Núcleo de Educação e Monitoramento Ambiental (NEMA) por meio do telefone 3236-2420 ou com o Centro de Recuperação de Animais Marinhos (CRAM/FURG) da Universidade Federal do Rio Grande (3231-3496), para que se possa registrar a ocorrência. Os profissionais destas instituições são capacitados para lidar com qualquer tipo de situação relacionada a animais marinhos.

Além disso, a comunidade não deve alimentar estes animais, que utilizam locais estratégicos para buscar seu alimento com o mínimo de gasto de energia possível. Também é importante não colocar lixo próximo aos seus locais de ocorrência, pois o resíduo pode ser confundido com alimento.  Por fim, animais domésticos, como cachorros e gatos, devem ser afastados dos leões marinhos, pois o contato entre animais domésticos e silvestres pode trazer consequências negativas para ambos.

A comunidade não deve alimentar estes animais, que utilizam locais estratégicos para buscar seu alimento com o mínimo de gasto de energia possível

A comunidade não deve alimentar estes animais, que utilizam locais estratégicos para buscar seu alimento com o mínimo de gasto de energia possível

Quem encontrar exemplares de leões marinhos pode aproveitar a oportunidade para apreciar a sua beleza e a imponência. O leão marinho está ligado diretamente a características do Rio Grande do Sul, como o frio (que o atrai para os dois Refúgios de Vida Silvestre presentes em nosso estado) e o pescado (seu principal alimento, relacionado à indústria pesqueira gaúcha).

ENTENDA:

O leão-marinho-do-sul (Otaria flavescens) pode ser encontrado na região costeira da América do Sul, entre o sul do Brasil e o Peru. A população desta espécie no Oceano Atlântico está estimada em 91.000 indivíduos, e possui 6 colônias reprodutivas no Uruguai e 70 na Argentina. A estimativa é que haja uma população de cerca de 15 mil exemplares de leões marinhos no Uruguai e 96.000 na Argentina. No Rio Grande do Sul, a espécie pode ser avistada principalmente nas Unidades de Conservação dos Refúgios de Vida Silvestre (REVIS) do Molhe Leste (São José do Norte/RS) e Ilha dos Lobos (Torres/RS). Estes locais são os únicos no Brasil, onde há ocorrência de forma frequente de pinípedes, como comprovam dados apurados em três décadas de monitoramentos realizados pelo NEMA.
Esta espécie é caracterizada por um corpo robusto, uma juba ao redor da face, e focinho curto e largo. Possuem uma camada de pelos de coloração marrom, variando de marrom dourado (filhotes e fêmeas) a marrom escuro-quase preto (machos). Já foram registrados animais que atingiram 20 anos de idade. Os maiores exemplares observados chegaram a 2,7 m de comprimento e 350 quilos (machos) e 2 m e 140 quilos (fêmeas). Sua alimentação é composta por diversas espécies de peixes, e seus predadores são orcas e tubarões.

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