ARQUIPÉLAGO : Exposição no atelier e espaço de arte
Nesta terça às 19h, abertura da exposição de Antonio Augusto Bueno na “Casa Atelier Arquipélago”
Por Carlos Cogoy
Intercâmbio de ideias, concepções estéticas e práticas criativas, através do acolhimento para residência artística. O projeto desenvolvido pelo coletivo que está à frente do Arquipélago Casa/Atelier/Espaço de Arte – rua 3 de Maio 765 -, teve início ano passado. Durante um mês, o artista mexicano Jay Alfonso Vélez, participou da primeira residência artística. A segunda ocorreu em julho. Durante quinze dias, o “Arquipélago” recebeu o artista Antonio Augusto Bueno que, em Porto Alegre, coordena o Atelier Jabutipê. Durante a estada, o artista conheceu o patrimônio histórico, Laranjal e interior do município. No Centro de Artes (CEARTES/UFPel), abordou sobre “Espaços Independentes – Contextos de Atuação e Interação do Artista na Contemporaneidade”. Nesta terça, abertura da exposição de Antonio Bueno, que assinala o encerramento da residência artística.
MOSTRA terá início às 19h no “Arquipélago”. Conforme Mário Schuster que, em conjunto com as artistas Francis Silva, Cláu Paranhos e Rejane Brayer Pereira, coordena a Casa/Atelier, a exposição reunirá fotografias, desenhos e objetos. O material artístico, conforme Schuster, foi criado e organizado por Antônio Bueno, e a temática está relacionada à cidade. A exposição poderá ser visitada de segunda a sexta das 14h às 18h, e permanecerá durante trinta dias. Entrada franca.
ARTISTA – Conforme divulgação: “Antônio Augusto tem como uma de suas práticas artísticas, a observação da marca do tempo deixada em elementos da natureza. Muitas vezes coletando materiais como gravetos, folhas, sementes, conchas, e construindo instalações. Em alguns momentos são instalações de grande porte e, em outros, elas têm mínimas dimensões.
Em Porto Alegre, onde reside, tem o hábito de longas caminhadas percorrendo praças, parques e ruas arborizadas, observando a paisagem urbana e coletando imagens e elementos para o seu trabalho. Mas é no pátio do Jabutipê, o seu atelier situado no centro histórico, onde muitos de seus trabalhos tomam forma com elementos coletados ali mesmo, ou seja, gravetos, caroços de abacates, folhas, bem como também o registro em fotos e vídeos do vento, da chuva e também de pássaros e pequenos insetos que habitam o pátio. Além da observação da paisagem urbana, Antônio Augusto procura, em saídas de campo, observar as paisagens rural e litorânea. Durante os últimos invernos tem frequentado a praia de Torres, em um trabalho que ainda está em processo. No ano passado realizou uma residência artística em Montevidéu, desenvolvendo instalações e intervenções com elementos coletados na beira do rio de La Plata.
Há anos desenvolve uma parceria com seu irmão, Luís Filipe Bueno, numa produção criativa entre Florianópolis e Porto Alegre. E, recentemente, iniciou um novo trabalho em parceria com a artista paranaense Carolina Sanches, com ambos propondo uma ‘aproximação de jardins’, entre o quintal de Carolina em Londrina, e o pátio do Jabutipê em Porto Alegre. Até poucos dias atrás esteve no Museu de Arte Contemporânea (MAC/RS), a sua individual “Música de Passarinho”, com curadoria de Marlies Ritter, e trabalhos realizados nos últimos anos. Em Pelotas, houve os registros em desenhos e fotos, bem como elementos foram coletados na praia e zona rural. Antônio Augusto é artista representado pela Galeria Mamute em Porto alegre, e galeria Marte em Montevidéu”.