Felipe Garcia divide méritos com companheiros e atribui evolução a Rogério Zimmermann

Doze gols em 22 partidas do Campeonato Brasileiro da Série B elevaram Felipe Garcia ao topo da artilharia da competição nacional. O grande momento não muda o comportamento do meia-atacante, que faz questão de dividir os méritos com os companheiros. “É um momento legal este que estou vivendo, mas os méritos são fruto do trabalho e da ajuda de todos os companheiros. Todos nós estamos evoluindo”, afirma.

Com o gol marcado diante do Goiás, sexta-feira, no Bento Freitas, Felipe Garcia deixou para trás os concorrentes pela liderança da tabela de goleadores da Série B. Nenê, do Vasco, e Bill, do Ceará, estão com 11 gols. O mesmo número de gols marcados por Gustavo, que já deixou o Criciúma para jogar no Corinthians. “Minha marca é significativa, mas o mais importante é nossa colocação na tabela de classificação”, completa o meia-atacante do Brasil.

Sempre valorizando o trabalho em grupo, Felipe Garcia ressalta que o resultado coletivo é mais importante do que qualquer conquista individual. “Nosso foco é manter o Brasil na Série B, num campeonato duríssimo, de alto nível. Seguimos trabalhando jogo a jogo e nosso próximo objetivo é o jogo com o Paysandu. Mais uma partida duríssima”.

Felipe Garcia é o dono da bola nesta campanha do Brasil na Série B, mas valoriza a força do coletivo
Foto: Carlos Insaurriaga/Assessoria GEB

TRANSFORMAÇÃO – Contratado pelo Brasil em 2013, depois de uma boa passagem pelo Pelotas, Felipe Garcia foi transformado em meia pelo técnico Rogério Zimmermann. Agora, nesta Série B, ele tem frequentado mais a área adversária, demonstrando faro de gol e especialidade no cabeceio. O jogador reconhece a importância do técnico na sua evolução.

“Tem muita importância, não só na minha evolução, mas dos demais companheiros. O jeito do ‘professor’ Rogério trabalhar é muito importante, dando atenção a todos os jogadores e, por isso, o Brasil vem de uma evolução desde a Série A2 do Gauchão. Joguei contra o Brasil (pelo Santo Ângelo) naquele campeonato e já observava que existia algo diferente no time do Brasil”, comenta o artilheiro.

Com contrato até o final do ano, Felipe Garcia Gonçalves, 25 anos, natural de Porto Alegre, procurar evitar especulações sobre o futuro. “Para mim não chegou nenhuma proposta. Primeiro tem que chegar ao clube, que é meu empregador, quem paga meu salário”, diz. Adaptado à cidade de Pelotas, Felipe curte também o bom momento na vida pessoal. No dia 20 de agosto nasceu seu segundo filho, Gonçalo. Ele e a esposa Jordana já tem uma menina: Teodora, de 1 ano e sete meses. Deste jeito, com simplicidade, o meia-atacante vai empilhando gols.

Uma dúzia de gols de Felipe Garcia

Brasil 2 x 0 Paraná (dois gols) – O primeiro de cabeça; e o segundo de pé direito, batendo de primeira

Brasil 2×0 Bragantino (um gol) – De cabeça, após cruzamento do lado direito

Goiás 1×1 Brasil (um gol) – Oportunismo. Completou de pé direito, aproveitando a bola que sobrou na área

Brasil 1×0 Tupi (um gol) – Gol marcado aos 45 minutos do segundo tempo. De cabeça, após cobrança de escanteio da esquerda

Brasil 2×1 Bahia (um gol) – De pé direito, pegando rebote do goleiro Marcelo Lomba, após chute de Ramón

Brasil 2×0 Joinville (um gol) – De cabeça, se antecipando à marcação, num cruzamento de Weldinho

Brasil 2×2 Vila Nova (dois gols) – Primeiro de cabeça, aproveitando cruzamento de Ramón; o segundo completou de pé direito quase sobre a linha, após tentativa de Ramón

Paraná 0x2 Brasil (um gol) – De cabeça, numa cobrança de escanteio de Brock

Bragantino 0x2 Brasil (um gol) – Completou de pé direito, na pequena área, o cruzamento de Ramón

Brasil 2×1 Goiás (um gol) – De cabeça, antecipando-se ao goleiro, após cobrança de escanteio por Marlon