ASCLAR pode administrar o trapiche
A Associação Comunitária do Laranjal (ASCLAR), fundada em 1997, está empenhada, juntamente com o Sindicato da Indústria da Construção e Mobiliário de Pelotas e Região (Sinduscon), na restauração e gestão autossustentável do trapiche do Laranjal, um dos cartões postais da cidade e um dos mais visitados por pelotenses e turistas.
Para tanto, está solicitando ao Ministério Público Federal ações junto à Secretaria do Patrimônio da União (SPU) e à Marinha, no sentido da revogação da licença concedida ao Valverde Praia Clube para administrar o trapiche. Acontece que a sede do clube e o trapiche estão interditados pelo Corpo de Bombeiro e Defesa Civil, diante do lastimável estado de manutenção dos locais, embora certames de futsete continuem sendo realizados na cancha do clube.
O assunto foi discutido na última reunião de diretoria da Associação Comunitária do Laranjal (ASCLAR), entidade fundada em 1997, que vem propondo, desde 2015, a criação da Secretaria Especial do Laranjal – ao invés de emancipação do bairro balneário – como ferramenta do governo municipal para resolver a maioria dos muitos problemas do Laranjal, que tem um crescimento e cobrança de impostos de primeiro mundo, mas na realidade é o mais desassistido de Pelotas, em termos de investimentos em obras e ações públicas. Tanto é verdade, que o “bairro de todos” os pelotenses só conta com vias pavimentadas que levam até a orla da praia. Não existe nenhuma via pavimentada de integração interna, embora só faltem cinco quadras para que isto aconteça na rua Santo Ângelo.
*JANDIR BARRETO, jornalista