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domingo, 24 de novembro de 2024

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ATERRO SANITÁRIO : Comunidade do 3º distrito recorre ao Ministério Público

07 março
08:28 2017

Moradores e vereadores contrários à instalação procuram autoridades para tentar barrar a iniciativa

Um problema de saúde pública, ambiental e animal, com tendências assustadoras. É assim que a comunidade do 3º Distrito de Pelotas, mais precisamente do Retiro está encarando a proposta de instalação de um aterro sanitário naquela região. Ninguém por lá quer ter como vizinho um empreendimento que assusta os moradores que vivem numa área  ambientalmente rica, cercada de natureza por todos os lados.

Os moradores estão mobilizados, articulados, preparados para todas as “batalhas” que advirão por conta da disposição da Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR) em se alojar numa região na qual está localizada a bacia hidrográfica do Arroio Pelotas. A proponente já adquiriu a área de 198 hectares e não demonstra interesse em recuar na intenção de levar a cabo o seu projeto.

COMISSÃO esteve no DIÁRIO DA MANHÃ após visita ao MP de Pelotas

COMISSÃO esteve no DIÁRIO DA MANHÃ após visita ao MP de Pelotas

“São vários os motivos que sustentam à nossa inconformidade para com o projeto, mas o somos principalmente em defesa da vida na região, agora e no futuro”, diz o médico Fernando Jaccottet, contrário à instalação do aterro.

Juntamente com os vereadores Eder Blank (PDT) e Zilda Bürkle (PSB), mais os moradores Olivo Menegon, Gládis Gonzales, Isabel Martins, Carlos Frederico Widholzer, João Jorge Gonzales e Daiane Schwanke, o médico esteve ontem no Ministério Público (MP) para protocolar farta documentação pela qual solicitam a intervenção judicial em apoio à demanda comunitária, que é contrária à instalação do aterro.

“Será um prejuízo muito grande, irreparável, ao meio ambiente da região”, salienta Gládis Gonzales, moradora na divisa da área na qual a CRVR pretende instalar o “famigerado” aterro.

Os moradores e os vereadores que os acompanhavam sabem das dificuldades que terão para barrar a iniciativa.

“Sou moradora da Colônia, conheço a região e sei do problema que o aterro trará, para todos nós”, diz a vereadora, garantindo que mesmo sendo da base do governo municipal, na Câmara, não deixará que suas convicções e comprometimento com a comunidade rural sejam atropelados. E garante desconhecer moradores que sejam favoráveis.

O vereador Blank joga no mesmo time dos contrários e diz que fará o possível para defender os interesses da comunidade não só da zona rural, mas do município, que será atingido no seu todo caso o aterro seja instalado.

“A nossa esperança está numa ação do Ministério Público, que tem poder de barrar algo que vai prejudicar o município em benefício financeiro de poucos”, diz o edil pedetista, lembrando que a área em questão é produtiva sob todos os aspectos e não pode ser penalizada por um investimento que não trará beneficio algum ao município.

O assunto aterro sanitário na região colonial de Pelotas já foi tema de audiência publica na Câmara de Vereadores, quando a CRVR apresentou sua disposição de se instalar no município. O “time” contrário entende que com a criação da taxa do lixo, o município poderá seguir bancando o encaminhamento seu lixo para Candiota, como o faz atualmente, e não tem necessidade de receber resíduos de cerca de 25 outros municípios, como pretendem os gestores da proponente, que conta com apoio do Poder Executivo Municipal.

 

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