Audiência Pública debateu os problemas enfrentados pela Saúde Pública na região sul do estado
Encontro encaminhou a criação de um Fórum permanente para a saúde de vereadores da Metade Sul, moção de repúdio e participação junto com os hospitais em protesto na capital.
Os problemas da saúde pública, enfrentados pela região sul do estado foram foco de debate na Câmara Municipal de Pelotas na tarde de hoje (11). A Audiência Pública proposta pelos vereadores Marcus Cunha (PDT) e Rafael Amaral (PP), reuniu diversas autoridades para discutir encaminhamentos e soluções para a área de saúde. O fato negativo, e que foi alvo de muitas críticas por parte dos presentes, foi o não comparecimento de nenhum representante do governo do estado ou da 3 ª e 7ª Coordenadoria Regional de Saúde.
Dentre os diversos assuntos tratados, destacou-se o corte do IHOSP (Incentivo Hospitalar) para hospitais filantrópicos, por parte do executivo estadual. Segundo o que foi dito, entidades como a Santa Casa sofrerão um impacto de cerca de 900 mil reais mensais em seu orçamento, e a Beneficência Portuguesa cerca de 350 mil, com o corte no repasse.
Como resposta a medida, foi aprovado o encaminhamento de uma moção de repúdio em nome da Casa para todas as Câmaras da Região. Além disso, será solicitado o cancelamento das atividades do legislativo pelotense na próxima quarta-feira (13/05) pela manhã, para que os parlamentares possam ir a Porto Alegre apoiar o protesto, que deve ocorrer em frente ao Palácio Piratini contra o corte de verbas para saúde. A mobilização, que segundo o Diretor da Beneficência Portuguesa, Francisco Serra, já conta com o apoio mais de 245 hospitais filantrópicos, objetiva pressionar o governo gaúcho a manter o repasse.
O vereador Marcus Cunha, que também é presidente da Comissão de Saúde da Câmara, criticou a atitude do governador e destacou a decisão de criar um Fórum permanente de vereadores, para tratar apenas de questões referentes à saúde. Segundo ele, esse é um dos encaminhamentos mais importantes que a Audiência Pública deixa como legado. “Os problemas da Saúde de Pelotas respingam nos outros municípios e vice-versa. Precisamos encontrar soluções coletivas e o Fórum vai ser uma grande ferramenta nessa luta”, afirmou Cunha.