AUTISMO : Congresso Luso-brasileiro ocorre até sexta
O 2º Congresso Luso-brasileiro sobre Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Educação Inclusiva (Conlubra) é fruto de iniciativa da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e da Universidade do Minho (Portugal), com apoio da Prefeitura de Pelotas e colaboração de outros municípios, universidades e instituições. A abertura do evento, que durará três dias, realizou-se na manhã desta quarta-feira (28), no auditório da Faculdade de Agronomia, campus Capão do Leão. A prefeita Paula Mascarenhas, em nome da cidade anfitriã, deu as boas-vindas aos participantes.
“Pelotas agradece por sediar este evento internacional. Temos orgulho do trabalho que é desenvolvido no Município em relação ao atendimento do autista e à educação inclusiva”, disse a prefeita.
O Conlubra é um evento internacional sob coordenação da UFPel, do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Cognição e Aprendizagem, do Centro de Investigação em Educação/Instituto de Educação Uminho (Portugal), da Fundação para a Ciência e a Tecnologia, e da República Portuguesa. A 1ª edição realizou-se em abril de 2017, também em Pelotas. O Congresso tem o objetivo de aprofundar e socializar conhecimentos nas áreas do TEA e da educação inclusiva, voltando-se a estudiosos, pais, pesquisadores, educadores e sociedade.
CERIMÔNIA DE ABERTURA
A mesa oficial de abertura do 2º Conlubra contou com a presença da prefeita Paula Mascarenhas; do vice-reitor da UFPel, professor Luís Amaral; da coordenadora internacional do evento e representante da Universidade do Minho/Portugal, professora Ana Paula Silva Pereira; do representante da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da UFPel, professor Fernando Igansi; da secretária de Educação de Bagé, professora Adriana Lara; da pró-reitora de Ensino da UFPel, professora Maria de Fátima Cóssio; e da coordenadora nacional do Congresso, professora Rita de Cássia Morem Cóssio Rodriguez.
“O evento foi construído a muitas mãos e oportunizará reflexão, troca de experiências, diálogo e aprendizado para que se avance nas práticas da educação inclusiva. O Conlubra foi organizado em parceria com a Universidade do Minho e, nesta edição, conta com apoios de universidades brasileiras, instituições e prefeituras”, disse a coordenadora nacional Rita Cóssio Rodriguez.
A secretária de Educação de Bagé, Adriana Lara, informou que o seu município “tem se inspirado no trabalho desenvolvido em Pelotas e dado passos significativos na inclusão”. Para ela, a educação inclusiva é uma causa digna, profunda e necessária para combater o preconceito, a ignorância e desencadear a luta pela igualdade.
A representante da Universidade do Minho, professora Ana Paula comentou sobre os três desafios em relação à organização do Conlubra: abrangência, complexidade e inovação. Para ela, o Congresso servirá para que os envolvidos identifiquem sua posição no contexto e, a partir de então, definam o que desejam fazer como profissionais.
PREFEITA Paula Mascarenhas participou da abertura do evento que reúne brasileiros e portugueses
A prefeita Paula destacou o trabalho realizado pela Associação de Amigos, Mães e Pais de Autistas e Relacionados com Enfoque Holístico (Amparho) e pelo Centro de Atendimento ao Autista Doutor Danilo Rolim de Moura, e salientou que a rede municipal de ensino de Pelotas é referência para todo o Estado. “Com dedicação e trabalho, professores e profissionais criaram um terreno fértil, propício para a inclusão prosperar.”
Para a prefeita, é importante “a sociedade acolher seus filhos e aceitar as diferenças como algo produtivo, pois ela é enriquecedora. Quando unimos as diferenças, criamos coisas inovadoras”.
O vice-reitor Luís Amaral disse que o estágio de conhecimento de gestores e da sociedade, quanto à inclusão, precisa avançar muito. O Conlubra vem ganhando adesão de universidades e prefeituras, qualificando a oportunidade e avanços.
TENOR É APLAUDIDO DE PÉ
A abertura do 2º Conlubra contou com a participação do tenor Saulo Laucas Pereira, cego e autista, do Rio de Janeiro. A apresentação foi acompanhada pela Orquestra Jovem do Pampa, de Bagé, regida pelo maestro Joab Muniz. A plateia os aplaudiu de pé.
