Bacci desabafa pela falta de colaboração
Dois dias depois de divulgar uma nota oficial em buscava esclarecer o episódio de WO no jogo do time da categoria sub-17, contra o Ypiranga de Erechim, no Nicolau Fico, por falta de pagamento da taxa de arbitragem, o presidente do Farroupilha, Reginaldo Bacci, encaminhou uma longa carta aos órgãos de imprensa. O dirigente ressalta o trabalho que vem sendo feito no clube do Bairro Fragata, faz um desabafo pela falta de apoio e reage às críticas dirigidas feitas à diretoria tricolor.
Bacci lembra a situação em que encontrou o clube, quando assumiu a presidência no final do ano passado. “A equipe havia sido rebaixada à terceira divisão, dívidas de toda ordem, salários em atraso (primeiro e segundo semestres de 2013), dívidas trabalhistas, previdenciárias e tributárias, entre outras, e com fornecedores. Portanto, não posso dizer que não sabia da situação, pois conhecia e bem, ainda que não tivesse o cenário completo daquele momento”, relata.
Tão logo tomou posse, Reginaldo Bacci elaborou, junto com sua diretoria, planos de ações nas áreas de sócios, marketing e comunicação. O dirigente lamenta a falta de apoio para implantar esses planos. “Apesar dos esforços envidados quase nenhuma empresa local e/ou pessoal física contribuinte se dispôs ajudar o clube”, destaca o dirigente em sua carta. Ele lembra o começo da gestão “sem nenhum dinheiro no caixa, sem recebíveis, sem time, sem gestão, pois não se tem minimamente os equipamentos e os objetos imprescindíveis para uma boa administração”.
CRÍTICAS – Reginaldo Bacci diz que alguns colaboradores do clube abandonaram o barco. “O pior é ouvir ou ler críticas de quem não estando no barco ou não estando com ele comprometido, destile veneno de toda a ordem. Lamentável. Mas quero fazer justiça àqueles poucos (três ou quarto), que continuam colaborando e acreditando, e que deixo de citar por educação e discrição”, afirma.
O dirigente destaca o pagamento em dia dos salários, apesar das dificuldades financeiras. “Temos mantido a filha de pagamentos dos atletas, da equipe técnica e dos funcionários administrativos em dia desde janeiro de 2014. Alguém lembra quando isso aconteceu no Farroupilha na última década?”, questiona. Bacci adianta que já começou também o pagamento dos salários atrasados de 2013. “Não há mérito nisso?”, pergunta em sua nota. Tudo isso sem que o time profissional tivesse feito um único jogo da Segunda Divisão no Nicolau Fico.