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terça, 21 de maio de 2024

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Baixa procura por vacinação pode agravar índices de mortalidade infantil

Baixa procura por vacinação pode agravar índices de mortalidade infantil
20 julho
16:16 2018

Desafio do Rio Grande do Sul é manter o índice em um dígito e garantir as iniciativas que já vêm sendo feitas para mudar o cenário

Os pediatras estão preocupados com a diminuição dos serviços prestados, como as imunizações, que têm apresentado um índice abaixo do esperado em diversas cidades do Brasil e do Rio Grande do Sul. Esta situação, de acordo com pediatra da Sociedade de Pediatria do estado (SPRS) Érico Faustini pode prejudicar o trabalho histórico que tem sido feito para a redução dos índices de mortalidade infantil. No ano passado, de acordo com o especialista, o RS atingiu, de forma pioneira, a estatística de um dígito, 9,97 a cada mil nascidos vivos.

– Não vemos muita motivação em termos de divulgação e, às vezes, falta vacina também. Observamos a volta de muitas doenças que já estavam controladas, colocando em risco a vida das crianças, que podem morrer pelas mesmas – destaca o pediatra.

Enquanto a estatística de mortalidade infantil apresentou um pequeno acréscimo em outros estados, o desafio dos gaúchos é manter o índice histórico alcançado e tentar reduzi-lo ainda mais, como demonstram os resultados parciais de 2018.

– O Rio Grande do Sul vem apresentando uma queda significativa nos últimos quinze anos, resultado de ações específicas e constante combate à mortalidade infantil. Entre elas, identificação e apuração das causas de óbitos; melhorias na assistência perinatal, pré-natal e na hora do parto. Este último faz parte da regionalização do parto, que ofereceu maior segurança à gestante e ao bebê – explica Faustini.

O investimento em UTI’s neonatais e o acompanhamento de crianças prematuras também garantiram os resultados positivos, de acordo com o médico.

Por enquanto, as principais causas de óbito no Rio Grande do Sul são as afecções do período perinatal, que se originam na gravidez e podem afetar o feto, como diabete ou hipertensão, e infecções como sífilis e urinária, que podem desencadear parto prematuro.

Em maio, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou uma notícia alertando sobre os reflexos do cenário econômico na saúde e nas medidas tomadas pela redução da mortalidade infantil no país.

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