BASE : Treinador do Progresso, Vidal avalia ano que seria promissor
“Maior dó pelos meninos de 17 anos, na última temporada pelo clube”
Por: Henrique König
Não há jeito. A pandemia tem interrompido vidas e, para que não seja pior do que a situação já caótica que o país tem passado, atividades precisam ser paralisadas. As modalidades esportivas estão em modo de espera. O futebol profissionalizado se encontra assim e nas categorias de base não é diferente. O Diário da Manhã conversou com Vidal Rocha Neto, treinador dos sub-13 e sub-15 do Progresso Futebol Clube. O profissional dos rubro-negros conta um pouco da sua trajetória e lamenta pelos jovens que estão com a temporada praticamente perdida.
São 13 anos no Progresso. E o caminho de Vidal realmente foi de progressos na carreira constituída na instituição. Desde a formação em educação física, ele mirava trabalhar com as categorias de base. A oportunidade no clube surgiu e não deixou escapar. “Sempre quis o futebol. Posso dizer que ainda estou no lugar em que dei o primeiro passo. Isso me prova que está sendo uma ótima experiência. Então, eu iniciei como auxiliar na preparação física. Na época o responsável era o Vinicius Farias, profissional que passou pelo Brasil (Xavante). Quando ele saiu, pude assumir como preparador físico.”
Com o tempo, externava o desejo de ser treinador para o presidente Alcyone Dornelles. No ritmo de crescimento do clube, o técnico Lambari não tinha como dar conta de todas as categorias e Vidal escalonou a carreira, assumindo o comando dos sub-13 e depois do time sub-15.
2020 em promessas
“Seria um ano maravilhoso. Jogaríamos o Campeonato Sul-Brasileiro com times sub-14 e sub-15, torneio ao qual nunca tínhamos sido convidados. Um campeonato que reúne equipes do Paraná ao Rio Grande do Sul. Eles não costumavam chamar times tão distantes, mas houve a desistência do Criciúma. Ganhamos destaque após a Copa Vitor Isaías de 2019.”
Na disputa do referido torneio, o Progresso conseguiu vitória sobre o Figueirense e partidas niveladas, competitivas contra outros adversários, como o Athletico Paranaense.
Vidal conta que o Progresso vinha acostumado a disputar os mesmos torneios, regionais, o Campeonato Gaúcho e a Copa Cidade Verde, nos janeiros em Três Coroas. Uma mudança de patamar ocorreu com o título sub-17 do Campeonato Gaúcho em 2016. Uma épica vitória sobre o Internacional no Beira-Rio.
Nas últimas experiências, o Progresso conseguiu participar da tradicional Copa Santiago, da Copa Vitor Isaias e planejava o Campeonato Sul-Brasileiro. Vidal ainda aponta a experiência de um torneio internacional em Quaraí. O Progresso encarou as equipes uruguaias de Peñarol, Nacional, times da região da fronteira, além da dupla Gre-Nal. Foi eliminado na semifinal, perdendo para o campeão, o Danubio.
“Estávamos empolgados para o Sul-Brasileiro, enfrentar times como Avaí, Paranaense e Coritiba, em jogos de ida e volta, então iríamos ao Paraná. Dó maior pelos meninos de 17 anos, os quais estão na última temporada para se destacar no clube”, lamenta pelas experiências adiadas.
O Progresso possui elencos-base de cada categoria, dos 11 aos 17 anos. Mesmo assim, anualmente realiza os peneirões para descobrir novos talentos. O clube trabalha com ajuda no transporte para garotos da zona sul do estado e avalia possíveis auxílios de moradia (aluguel) para atletas de mais longe