BATALHA DO SERRA DOURADA : Experiência de muitas decisões
Da decisão no Estádio da Zona Sul, em Santo Ângelo, a de segunda-feira no Serra Dourada, em Goiânia, o Brasil passou outros momentos épicos fora de casa. Em sete decisões, o time xavante só não alcançou seu objetivo numa oportunidade: a final da Série D de 2014, quando perdeu o título nos pênaltis para o Tombense.
Neste período de ascensão entre julho de 2013 a novembro de 2015, o Brasil disputou decisão no Cristo Rei, em São Leopoldo; na Toca do Jacaré, em Guaratinguetá; no Estádio do Café, em Londrina; no Soares de Azevedo, em Muriaé; no Mário Helênio, em Juiz de Fora; e no Castelão, em Fortaleza. Passou por todos os tipos de gramado e tamanho de estádio. Decidir fora de casa não é definitivamente problema para o time de Rogério Zimmermann.
Onze jogadores do grupo atual estiveram presentes no primeiro acesso – vitória de 2 a 0 diante do Santo Ângelo. Os remanescentes da primeira carreata festiva do Rubro-Negro são Luiz Müller, Anderson, Wender, Cirilo, Fernando Cardozo, Washington, Leandro Leite, Márcio Hahn, Cleiton, Márcio Jonatan, Gustavo Papa e Ricardo Bierhals. Os volantes Leandro Leite e Washington; e o lateral-direito Wender se mantiveram sempre como titulares.
Se passar pelo Vila Nova nesta segunda-feira, em Goiânia, o Brasil conquista mais um objetivo como visitante nesta incrível ascensão. E terá ainda mais duas decisões fora do Bento Freitas (os dois jogos da fase final da Série C).
1 – Estádio da Zona Sul, em Santo Ângelo (Acesso à Série A estadual)
2 – Estádio Cristo Rei, em São Leopoldo (título do segundo turno do Acesso de 2013)
3 – Toca do Jacaré, em Taguatinga (acesso à Série C do Brasileiro)
4 – Estádio do Café, em Londrina (classificação à final da Série D)
5 – Estádio Soares de Azevedo, em Muriaé (final da Série D)
6- Estádio Mário Helênio, em Juiz de Fora (classificação para as quartas da Série C)
7 – Arena Castelão, em Fortaleza (acesso à Série C do Brasileiro)
O fenômeno é o conjunto
“O Brasil não tem fenômeno. O fenômeno é o conjunto.” A explicação é do volante Washington, que simboliza como ninguém a força competitiva do time rubro-negro. Também pode ser apontado como o exemplo de equilíbrio entre a marcação de uma defesa que não leva gol há quatro jogos e de um ataque que é o mais positivo da Série C. “No Brasil, todos atacam e todos defendem”, disse ontem o jogador na entrevista coletiva.
“Às vezes, os adversários ficam meio chateados, dizendo que o Brasil bate muito. O Brasil não bate, marca muito”, continuou o volante. Titular desde o começo do segundo semestre de 2012, Washington cresceu de produção, ganhou status e prestígio na mesma medida em que a equipe do Brasil foi conquistando seus objetivos nos últimos três anos.
Para a partida de segunda-feira, em Goiânia, o técnico Rogério Zimmermann terá o retorno de Eduardo Martini, Wender e Xaro, que cumpriram suspensão na primeira parte da decisão. O desfalque neste segundo jogo da semifinal da Série C é o atacante Nena, que está com três cartões amarelos. Freitas (os dois jogos da fase final da Série C).
Presidente previu dois empates
O presidente do Vila Nova, Gutemberg Veronez, previu um confronto equilibrado com o Brasil. Profetizou que a decisão da vaga na final do Brasileiro da Série C irá ocorrer nos pênaltis. Para que se confirme a expectativa do dirigente goiano é necessário que o jogo de volta, segunda-feira, no Serra Dourada, termine empatado por 0 a 0. Mas o Vila só não marcou gol em duas das 10 partidas disputadas em Goiânia nesta competição nacional.
O Vila Nova venceu sete das 10 partidas realizadas no Serra Dourada nesta Série C. Empatou uma vez e perdeu duas. O aproveitamento é de 73,3%. Só não marcou gol na derrota de 1 a 0 para o América/RN e no empate com o Fortaleza. Marcou 13 gols nas partidas em que teve o mando de campo.
Na decisão de segunda-feira, o técnico Márcio Fernandes terá a volta do atacante Carlos Frontini, que é goleador do time com nove gols. Ele cumpriu suspensão no jogo realizado em Pelotas. O experiente jogador faz dupla com o rápido e habilidoso Moisés, que deu muito trabalho à defesa do Brasil no Bento Freitas.