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quarta, 06 de novembro de 2024

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Bebês com comorbidades começam a ser vacinados contra a Covid-19

Bebês com comorbidades começam a ser vacinados contra a Covid-19
22 novembro
08:56 2022

Começou nesta segunda-feira (21), a imunização de crianças com idades entre seis meses e dois anos, com comorbidades, contra a Covi-19. A vacina distribuída é a Pfizer Baby. Conforme organização da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o processo ocorre mediante agendamento, feito por pais e responsáveis no link https://pelotas.com.br/agenda-vacinacao, para datas definidas, de segunda a sexta-feira, em dois locais: no Centro de Especialidades, das 8h às 18h, e no ambulatório da Universidade Católica de Pelotas (UCPel), das 8h às 20h.

De acordo com o cronograma da Prefeitura, a segunda-feira seria dedicada apenas a crianças de seis meses a 11 meses e 29 dias, no entanto, devido à baixa procura outros bebês, que já estavam agendados foram chamados. Uma delas foi Manuela Moreira, de um ano e seis meses. A mãe, Juliana Lacerda, contou que Manuela teve um acidente vascular cerebral (AVC) durante a gestação, e faz acompanhamento com neurologista e pediatra, além de fisioterapia. 

A família da pequena ficou sabendo do início da vacinação pelo WhatsPel, canal de comunicação da Prefeitura com a população e logo já realizou o agendamento. “Fiquei muito feliz com a vacinação dos bebês, pois tenho muito medo pela minha filha já ter esse histórico com a comorbidade e o possível retorno da Covid-19. Além disso, é uma questão de proteção”, ressaltou. 

Mesmo quem não estiver agendado pode comparecer 

A vacinação foi organizada em dois pontos de aplicação, e por agendamento, a fim de facilitar o acesso e a logística dos pais e responsáveis, evitando longas esperas, além de otimizar o uso de frascos abertos, que têm duração de 12h, para que não haja desperdícios. Conforme explicou a diretora da Vigilância em Saúde da SMS, Aline Machado da Silva, se uma criança que não está agendada e se enquadra nas comorbidades previstas pelo Ministério da Saúde pode se dirigir a um dos locais de imunização e receber a vacina. 

“É muito importante, para crianças com idades entre seis meses a menores de três anos, a proteção contra o coronavírus por meio da vacina, pois ela vai estimular a produção de defesas dos organismos dos bebês, que são indivíduos que precisam ter as defesas do sistema imunológico fortalecidas. É importante lembrar que as vacinas foram avaliadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) são seguras e eficazes para esse público”, frisou Aline.

A estimativa é de que 11,4 mil crianças da faixa etária atendida, em Pelotas, possam receber a vacina ao longo da campanha. Vale ressaltar que, neste momento, será feita a aplicação em número limitado de bebês, em função do quantitativo de 410 doses recebidas pelo Município. De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde, o número de crianças infectadas com idades entre seis meses a dois anos chegou a 711 em 2022. 

Por dia, serão feitos 40 agendamentos no Centro de Especialidades e 42 no ambulatório da UCPel. 

Confira a programação para a vacinação de bebês

Terça-feira (22/11) – aplicação em crianças de 1 ano a 1 ano, 11 meses e 29 dias

Quarta- feira (23/11) – aplicação em crianças de 2 anos a 2 anos, 11 meses e 29 dias

Quinta-feira (24/11) – aplicação em crianças de 6 meses a 2 anos, 11 meses e 29 dias

Sexta-feira (25/11) – aplicação em crianças de 6 meses a 2 anos, 11 meses e 29 dias

Documentos necessários

– Documento de identidade da criança e do responsável legal com foto. Caso a criança não tenha documento com foto deverá ser apresentada cópia da Certidão de Nascimento;

– Comprovante de residência do responsável; 

– Carteira de Vacinação da criança; 

– Atestado simples (não precisa ser padrão) que comprove a comorbidade da criança de seis meses a 2 anos, 11 meses e 29 dias;  e

– Cartão SUS ou CPF.

Endereços dos locais de vacinação

– Centro de Especialidades: rua Voluntários da Pátria, 1.420, Centro; e

– Ambulatório da UCPel: avenida Fernando Osório, 1.586, Três Vendas.

Orientações gerais

A SMS orienta que as crianças que apresentarem sinais gripais não devem ser vacinadas, e pais e responsáveis precisam aguardar 30 dias do início dos sintomas para levá-las para a imunização. Aqueles que tiverem testado positivo para Covid-19 também devem aguardar 30 dias dos primeiros sintomas para receber a vacina.

A vacina contra a Covid-19 pode ser aplicada concomitantemente com as demais previstas no Calendário Nacional, sem a necessidade de intervalo entre as proteções.

Lista de comorbidades

Nesse momento, pela disponibilidade de doses, o Município iniciará a aplicação pelas crianças com as comorbidades previstas pelo MS. Confira abaixo quais são:

Diabetes mellitus – Qualquer indivíduo com diabetes.

Pneumopatias crônicas graves – Indivíduos com pneumopatias graves incluindo doença pulmonar obstrutiva crônica, fibrose cística, fibroses pulmonares, pneumoconioses, displasia broncopulmonar e asma grave (uso recorrente de corticóides sistêmicos ou internação prévia por crise asmática ou uso de doses altas de corticóide inalatório e de um segundo medicamento de controle no ano anterior).

Hipertensão Arterial Resistente (HAR) – Quando a pressão arterial (PA) permanece acima das metas recomendadas com o uso de três ou mais anti-hipertensivos de diferentes classes, em doses máximas preconizadas e toleradas, administradas com frequência, dosagem apropriada e comprovada adesão ou PA controlada em uso de quatro ou mais fármacos anti-hipertensivos.

Hipertensão arterial estágio 3 – PA sistólica ≥180mmHg e/ou diastólica ≥110mmHg independente da presença de lesão em órgão-alvo (LOA).

Hipertensão arterial estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo – PA sistólica entre 140 e 179mmHg e/ou diastólica entre 90 e 109mmHg na presença de lesão em órgão-alvo.

*Doenças cardiovasculares

Insuficiência cardíaca (IC) – IC com fração de ejeção reduzida, intermediária ou preservada; em estágios B, C ou D, independente de classe funcional da New York Heart Association.

Cor-pulmonale e Hipertensão pulmonar – Cor-pulmonale crônico, hipertensão pulmonar primária ou secundária.

Cardiopatia hipertensiva – Cardiopatia hipertensiva (hipertrofia ventricular esquerda ou dilatação, sobrecarga atrial e ventricular, disfunção diastólica e/ou sistólica, lesões em outros órgãos-alvo).

Síndromes coronarianas – Síndromes coronarianas crônicas (Angina Pectoris estável, cardiopatia isquêmica, pós Infarto Agudo do Miocárdio, outras).

Valvopatias – Lesões valvares com repercussão hemodinâmica ou sintomática ou com comprometimento miocárdico (estenose ou insuficiência aórtica; estenose ou insuficiência mitral; estenose ou insuficiência pulmonar; estenose ou insuficiência tricúspide, e outras).

Miocardiopatias e Pericardiopatias – Miocardiopatias de quaisquer etiologias ou fenótipos; pericardite crônica; cardiopatia reumática.

Doenças da Aorta, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas – Aneurismas, dissecções, hematomas da aorta e demais grandes vasos.

Arritmias cardíacas – Arritmias cardíacas com importância clínica e/ou cardiopatia associada (fibrilação e flutter atriais; e outras).

Cardiopatias congênita – Cardiopatias congênitas com repercussão hemodinâmica, crises hipoxêmicas; insuficiência cardíaca; arritmias; comprometimento miocárdico.

Próteses valvares e Dispositivos cardíacos implantados – Portadores de próteses valvares biológicas ou mecânicas; e dispositivos cardíacos implantados (marca-passos, cardio desfibriladores, ressincronizadores, assistência circulatória de média e longa permanência).

Doenças neurológicas crônicas – Doença cerebrovascular (acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico; ataque isquêmico transitório; demência vascular); doenças neurológicas crônicas que impactem na função respiratória, indivíduos com paralisia cerebral, esclerose múltipla, e condições similares; doenças hereditárias e degenerativas do sistema nervoso ou muscular; deficiência neurológica grave.

Doença renal crônica – Doença renal crônica estágio 3 ou mais (taxa de filtração glomerular < 60 ml/min/1,73 m2) e/ou síndrome nefrótica.

Imunocomprometidos – Indivíduos transplantados de órgão sólido ou de medula óssea; pessoas vivendo com HIV; doenças inflamatórias imunomediadas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente > 10 mg/dia; demais indivíduos em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias; pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos 6 meses; neoplasias hematológicas.

  • Hemoglobinopatias graves – Doença falciforme e talassemia maior.
  • Obesidade mórbida – Índice de massa corpórea (IMC) ≥ 40.
  • Síndrome de Down – Trissomia do cromossomo 21.
  • Cirrose hepática – Cirrose hepática Child-Pugh A, B ou C.

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