BIBLIOTHECA PÚBLICA : Baú de Troca estimula a leitura
Projeto possibilita a retirada de livro mediante a doação de outro
Por Carlos Cogoy
São trezentos títulos em opções como ficção literária, obras didáticas e história. Trata-se do “Baú de Troca”, iniciativa da Bibliotheca Pública Pelotense (BPP), que permite levar um livro, desde que seja doado outro. O lançamento ocorreu em maio e, como baú, explica a bibliotecária Anelise Silva da Rosa, foi adaptada uma caixa na qual foi transportado o Scanner Planetário. Até a abertura da caixa, houve alguns dias de expectativa sobre o conteúdo. Com o lançamento, diz ela, a comunidade tem participado do projeto que visa estimular a leitura. Para levar dois livros, exemplifica, basta deixar dois volumes. Neste feriado, e também na sexta, sábado e domingo, a Bibliotheca estará aberta das 9h30min às 14h30min.
No lançamento do projeto a curiosidade foi aguçada através de caixa estilizada
IDEIA – Na coordenação, além de Anelise, também a equipe que reúne Camila Corrêa Pierzckalski, Eder Oliveira Pinto e Janaína Vergas Rangel. Sobre a ideia do projeto, a bibliotecária acrescenta: “Não é uma ideia original, há muito tempo acompanhamos nas mídias ideias várias, com caixas, geladeiras, armários, e cabines telefônicas para depositar livros, projetos como o ‘esqueça um livro’ ou ‘quem tem deixa e que não tem leva’. A originalidade está em trazer esse projeto para dentro de uma biblioteca pública onde existe taxa de associado, estreitando as relações e descentralizando o acesso ao livro”.
BAÚ – Em relação ao Baú de Troca, ela menciona: “O Baú de troca surgiu assim, numa de nossas reuniões em dezembro de 2018, com a necessidade emergente de se estar sempre renovando o acervo e ao mesmo tempo receber muitos volumes repetidos por doação. Já fazíamos um trabalho de distribuição desses volumes repetidos para outras instituições, mas esse serviço também chega a um limite, pois eles estavam acumulando exemplares dos mesmos livros. Com todas essas variantes em mente, começamos a fazer uma discussão sobre os prós e contras, e em maio o Baú saiu do papel e ganhou as mídias como ‘A caixa misteriosa’”.
Janaína Vergas Rangel e a bibliotecária Anelise Silva da Rosa
PARTICIPAÇÃO – “Não existe critério estabelecido para participar, basta trazer os livros para efetuar a troca. Fortalecemos a ideia de democratização, e prezamos pelo bom senso de nossos usuários e associados. Estando legível e num estado mínimo de boas condições de uso, ficamos felizes em aceitar o livro”, diz Anelise.
TRAJETÓRIA – Auxiliar de biblioteca durante nove anos, Anelise formou-se em pedagogia. Com isso, passou para a organização e desenvolvimento de projetos pedagógicos junto ao setor infanto-juvenil. Ao fim do ano passado, formou-se em biblioteconomia na Universidade de Caxias do Sul (UCS). Em fevereiro assumiu a função na BPP.
