BLACK DOLPHIN : Homem é preso em Pelotas na operação de combate à pedofilia
Operação no País chegou a suspeito que foi flagrado com arma de fogo
Ontem pela manhã, no cumprimento de ordem judicial, a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), e a equipe Volante da Polícia Civil, prenderam um homem em flagrante na Operação Black Dolphin, desencadeada no País para o combate à pedofilia.
Em Pelotas, conforme a delegada Márcia Chiviacowsky, a prisão foi pelo porte ilegal de arma de fogo. No entanto, o celular foi apreendido, e o aparelho será fundamental para a sequência da investigação.
Com relação à arma de fogo, baseada na legislação em vigor, foi arbitrada a fiança no valor de R$2 mil.
OPERAÇÃO Black Dolphin, foi deflagrada na manhã de quarta, numa ação integrada das Polícias Civis de São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O objetivo é combater crimes sexuais infantojuvenis, tanto no meio virtual, quanto fora dele.
SÃO PAULO – A Operação Black Dolphin começou com uma investigação pela Polícia Civil de SP em 2018, na qual após constante monitoramento, um alvo de pedofilia fora identificado e descobriu-se um plano onde ele pretendia vender sua sobrinha para predadores sexuais na Rússia. O plano dele era levá-la à Disney da Europa e cambiá-la para os predadores na Rússia, alegando que ela teria desaparecido no parque.
REDE DE PREDADORES – A partir dessa investigação, se desenvolveram trabalhos de monitoramento, inclusive na Deep Web, revelando uma rede de predadores sexuais, principalmente infantojuvenis, que produzem, vendem e compram vídeos de crianças em situações de vulnerabilidade sexual. Também há indícios de sequestro e tráfico de crianças e jovens para fins de exploração sexual.
Por meio da Polícia Civil de SP foi realizado o levantamento de aproximadamente 220 alvos espalhados em todo estado de São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
ESTADO – No RS, mais de cinqueta policiais civis, com o apoio de peritos do Instituto Geral de Perícia, cumpriram nove mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão. As ordens judiciais foram cumpridas em Porto Alegre, Gravataí, Pelotas, Rio Grande, Santa Rosa, Três de Maio, Frederico Westphalen, Soledade e Carazinho.
Os alvos das operações são suspeitos de produzir, divulgar, publicar, compartilhar, armazenar, compartilhar e até mesmo comercializar fotos e vídeos de crianças e adolescentes em cenas de sexo explícito ou cunho pornográfico, inclusive estupros e abusos. Durante as buscas os peritos do Instituto Geral de Perícias procuram arquivos digitais (fotos, vídeos) que contenham cenas de abuso sexual infantil.
PRISÕES – Houve 32 prisões em São Paulo, 2 em Minas Gerais e 1 no Rio de Janeiro. No Rio Grande do Sul foram 4 presos, nos municípios de Gravataí, Pelotas, Porto Alegre e Frederico Westphalen. Houve a apreensão de diversos computadores, celulares e dispositivos de armazenamento.
Black Dolphin é o apelido de uma penitenciária na Rússia, considerada como uma das penitenciárias mais seguras e temidas do mundo. Na frente do prédio há uma estátua de um golfinho preto, construída pelos internos. Os indivíduos investigados, no ambiente obscuro e sombrio da Deep Web, chegavam a comentar que somente a Black Dolphin seria capaz de detê-los, menosprezando o trabalho da polícia.