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quinta, 14 de novembro de 2024

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BLACK DOLPHIN : Homem é preso em Pelotas na operação de combate à pedofilia

26 novembro
08:33 2020

Operação no País chegou a suspeito que foi flagrado com arma de fogo

Ontem pela manhã, no cumprimento de ordem judicial, a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), e a equipe Volante da Polícia Civil, prenderam um homem em flagrante na Operação Black Dolphin, desencadeada no País para o combate à pedofilia.

Em Pelotas, conforme a delegada Márcia Chiviacowsky, a prisão foi pelo porte ilegal de arma de fogo. No entanto, o celular foi apreendido, e o aparelho será fundamental para a sequência da investigação.

Com relação à arma de fogo, baseada na legislação em vigor, foi arbitrada a fiança no valor de R$2 mil.

Revólver e celular foram apreendidos pela Polícia Civil

OPERAÇÃO Black Dolphin, foi deflagrada na manhã de quarta, numa ação integrada das Polícias Civis de São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O objetivo é combater crimes sexuais infantojuvenis, tanto no meio virtual, quanto fora dele.

SÃO PAULO – A Operação Black Dolphin começou com uma investigação pela Polícia Civil de SP em 2018, na qual após constante monitoramento, um alvo de pedofilia fora identificado e descobriu-se um plano onde ele pretendia vender sua sobrinha para predadores sexuais na Rússia. O plano dele era levá-la à Disney da Europa e cambiá-la para os predadores na Rússia, alegando que ela teria desaparecido no parque.

REDE DE PREDADORES – A partir dessa investigação, se desenvolveram trabalhos de monitoramento, inclusive na Deep Web, revelando uma rede de predadores sexuais, principalmente infantojuvenis, que produzem, vendem e compram vídeos de crianças em situações de vulnerabilidade sexual. Também há indícios de sequestro e tráfico de crianças e jovens para fins de exploração sexual.

Por meio da Polícia Civil de SP foi realizado o levantamento de aproximadamente 220 alvos espalhados em todo estado de São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

ESTADO – No RS, mais de cinqueta policiais civis, com o apoio de peritos do Instituto Geral de Perícia, cumpriram nove mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão. As ordens judiciais foram cumpridas em Porto Alegre, Gravataí, Pelotas, Rio Grande, Santa Rosa, Três de Maio, Frederico Westphalen, Soledade e Carazinho.

Os alvos das operações são suspeitos de produzir, divulgar, publicar, compartilhar, armazenar, compartilhar e até mesmo comercializar fotos e vídeos de crianças e adolescentes em cenas de sexo explícito ou cunho pornográfico, inclusive estupros e abusos. Durante as buscas os peritos do Instituto Geral de Perícias procuram arquivos digitais (fotos, vídeos) que contenham cenas de abuso sexual infantil.

PRISÕES – Houve 32 prisões em São Paulo, 2 em Minas Gerais e 1 no Rio de Janeiro. No Rio Grande do Sul foram 4 presos, nos municípios de Gravataí, Pelotas, Porto Alegre e Frederico Westphalen. Houve a apreensão de diversos computadores, celulares e dispositivos de armazenamento.

Black Dolphin é o apelido de uma penitenciária na Rússia, considerada como uma das penitenciárias mais seguras e temidas do mundo. Na frente do prédio há uma estátua de um golfinho preto, construída pelos internos. Os indivíduos investigados, no ambiente obscuro e sombrio da Deep Web, chegavam a comentar que somente a Black Dolphin seria capaz de detê-los, menosprezando o trabalho da polícia.

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