Diário da Manhã

quarta, 27 de novembro de 2024

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BOLA AÉREA : Defesa vai ao ataque

14 outubro
09:33 2014

Laterais cruzam e zagueiros definem virada do Brasil na Baixada

Uma das melhores do Campeonato Brasileiro da Série D foi decisiva na tarefa de atacar. O Brasil chegou à virada de 2 a 1 diante do Brasiliense, domingo, no Bento Freitas, com gols dos zagueiros Cirilo e Fernando Cardozo. Os dois se aproveitaram dos eficientes cruzamentos dos laterais Chicão (estava na função de lateral no momento do primeiro gol) e Rafael Foster, o líder de assistências da equipe rubro-negra. Com o resultado, o Xavante ficou a um empate do acesso à Série C.

Só quem não reconheceu a virtude do Brasil na bola aérea – as melhores chances de gol foram criadas assim – foi o técnico Marcos Soares. “Não foi uma partida que eles trabalharam a bola. Qualquer tiro de meta a bola estava na nossa área. Eles têm um bom campo, mas preferem usar a bola por cima. Cada um usa as armas que tem”, disse o treinador em uma das tantas manifestações nada humildes dos profissionais do Brasiliense.

Edson se esforça para evitar cabeceio de Fernando Cardozo: ataque aéreo do Brasil foi fundamental Foto: Ítalo Santos/Assessoria GEB

Edson se esforça para evitar cabeceio de Fernando Cardozo: ataque aéreo do Brasil foi fundamental
Foto: Ítalo Santos/Assessoria GEB

Para o Brasil, o que importa é a eficiência. Cirilo marcou seu terceiro gol nesta Série D. Aproveitamento alto para um zagueiro. Já Fernando Cardozo fez seu primeiro, mas com um significado especial. Ele revelou ter passado uma semana difícil em função da doença de um familiar. Além disso, esteve muito perto de se tornar o vilão dessa decisão. Quando estava 1 a 0 para o Brasiliense, Fernando Cardozo por pouco não marcou gol contra. A bola caprichosamente bateu na trave.

A vantagem do Brasil na bola alta contra a defesa adversária foi evidente neste primeiro jogo com o Brasiliense. E pode novamente ser decisiva em Brasília.

Bate Pronto por Caldenei Gomes

Tamanho da vantagem                              

O Brasil se encontra a 90 minutos e um empate da vaga no Campeonato Brasileiro da Série C. O Brasiliense tem o mesmo tempo para reverter o quadro desfavorável. Dos três resultados possíveis, o time rubro-negro joga por dois deles: vitória e empate. Já ao adversário só resta como alternativa a vitória. Este é o tamanho da vantagem conquistada pelo Xavante com a virada de 2 a 1, domingo, no Bento Freitas.

O gol marcado fora de casa, que causa alento ao Brasiliense, pois se tranquiliza com a possibilidade de se classificar com vitória simples na Boca do Jacaré, pode ser também decisivo em favor do Brasil. Se fizer um gol em Taguatinga, a equipe xavante triplica a dificuldade do adversário, que ficará na obrigação de ter marcar três gols. A vantagem é mínima, mas é vantagem. Isso é o que importa numa disputa tão parelha.

É verdade que a vitória no “primeiro tempo” da decisão não indica favoritismo ao Brasil. O time brasiliense mostrou virtudes: bem armado, experiente e com alguns jogadores possuindo técnica acima da média para a realidade da competição.

Cirilo faz terceiro gol da Série C, provando seu crescimento na hora decisiva Foto: Ítalo Santos/Assessoria GEB

Cirilo faz terceiro gol da Série C, provando seu crescimento na hora decisiva
Foto: Ítalo Santos/Assessoria GEB

Virada

O Brasil encontrou dificuldades para se impor no primeiro tempo. Essa dificuldade passa pela qualidade do adversário, que conseguiu manter a posse de bola e até, em alguns momentos, controlar o jogo no meio-campo. O Brasiliense se posicionou bem decisivamente e saiu rápido para o jogo, deixando o Xavante sem a condição de exercer a tradicional pressão, a qual costuma fazer quando joga na Baixada.

O quadro mudou no segundo tempo. Aí foi o Brasiliense que não conseguiu jogar. O Brasil teve muita força de reação. Felipe Garcia entrou na vaga de Zotti, desarrumando a defesa adversária, com velocidade e objetividade. O time todo cresceu de produção e, com vantagem na bola aérea, definiu a virada.

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Visitantes

Nos jogos de ida das quartas de final da Série D, o Brasil foi o único que tirou proveito da condição de jogar em casa. Todos os visitantes marcaram gol. O Londrina confirmou sua força de forte candidato ao acesso, fazendo 2 a 0 no Anapolina, em Anápolis. Pode até perder por um gol de diferença no Estádio do Café. O Confiança é outro que reafirmou a boa campanha da primeira fase, fazendo 2 a 0 no Jacuipense, na Bahia.

O Tombense não venceu, mas empatou por 2 a 2 com o Moto Club no Maranhão. Pode empatar por zero a zero ou 1 a 1 no jogo de volta. O gol sofrido por Eduardo Martini, o primeiro dele no Bento Freitas e depois de seis jogos de invencibilidade, deixou o Londrina com a melhor defesa.

– O Brasiliense deixou Pelotas confiante. Ou com soberba? Acreditam na vitória ao natural no jogo de domingo. Um aliado é o campo que tem dimensões maiores do que o Bento Freitas. O outro é o calor. O jogo será realizado às 16h (na verdade, às 15h, porque já está em vigência o horário de verão).

            – O jogo mais cedo é uma resposta do Brasiliense, pois entende que o Brasil passou o jogo para a noite em busca de um benefício climático no confronto de domingo. Só que a razão do Xavante era mais financeira do que técnica. O Bento Freitas não lotou novamente.

 

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