BRA-PEL 354 aponta campeão do turno
Brasil e Pelotas empataram o primeiro jogo da final e hoje, em igualdade, decidem título no Bento Freitas
Três dias depois do empate por zero a zero na Boca do Lobo, Brasil e Pelotas voltam a se enfrentar na final do primeiro turno da Copa Sul/Fronteira. O Bra-Pel 354 será realizado nesta quinta-feira, às 20h30, no Bento Freitas. Quem vencer fica com o título do turno. Empate com gol serve para o Lobão em função do saldo qualificado (gol marcado fora de casa). Se houver a repetição do zero a zero, a decisão vai para os pênaltis.
No clássico anterior, o Pelotas foi superior, criou as chances de gol e parou nas defesas “milagrosas” (foram três) de Luiz Müller. A produção da equipe dá esperança de vitória aos áureo-cerúleos, mas será preciso jogar ainda mais para ganhar na Baixada. “Precisamos evoluir em relação ao último jogo, mas sempre é preciso melhorar alguma coisa”, diz o técnico Paulo Porto.
Já o Brasil confia na força do fator local para manter a hegemonia no confronto local. São 13 jogos de invencibilidade. Dentro de casa nesta temporada, o Xavante perdeu apenas uma vez: 1 a 0 para o Atlético/PR na Copa do Brasil. E empatou apenas duas vezes em partidas oficiais – contra Brasil de Farroupilha e União Frederiquense. “As duas equipes precisam do gol, porque o empate por zero a zero leva a decisão para os pênaltis. Vai ser um jogo igual. Precisamos ter os mesmos cuidados do jogo passado”, diz o treinador Rogério Zimmermann.
Os treinadores podem repetir as escalações. No Brasil, a expectativa é sobre quem será escalado no meio-campo, ocupando uma das três vagas de meias. Se Márcio Hahn será mantido no time ou haverá o retorno de Gustavinho. A novidade no Xavante pode ser a presença de Alex Amado – recuperado de lesão – no banco de reservas. No Pelotas, a tendência é de repetição da equipe que disputou o clássico anterior. “O que podemos mudar é alguma coisa da estratégia de jogo, porque jogar lá (Bento Freitas) é diferente do que jogar aqui (Boca do Lobo)”, frisou Porto.
Semelhança
Rogério Zimmermann aponta semelhança na composição das duas equipes. “Jogam com dois volantes e mais um volante adiantado na linha de três meias. Na segunda-feira, nos tivemos o Márcio Hahn nesta função mais adiantada e o Pelotas, o Bruno Coutinho. Os dois times tem outro volante jogando na lateral-direita (Wender e Tiago Gaúcho). Tudo muito igual”, apontou o treinador do Brasil. Outra semelhança: os dois times tem um centroavante de área como o jogador de referência no ataque.
Sobpressão
Paulo Porto admite que o Pelotas vem jogando pressionado nos clássicos pelo jejum de vitória, que beira aos 10 anos. “É importante que o Pelotas vença e seja campeão, porque assim a equipe irá se sentir mais solta no segundo turno. O time vem jogando sobpressão na obrigação de vencer o clássico e quebrar o tabu”, afirmou. Porto acredita que chegou o momento de o Lobão acabar com este jejum de vitória no Bra-Pel. Pode ser que seja nesta noite, com direito a volta olímpica na Baixada.
BRASIL
Luiz Müller; Wender, Cirilo, Fernando Cardozo e Rafael Forster; Leandro Leite e Washington; Cleiton, William Kozlowski e Márcio Hahn (Gustavinho); Éder Machado. Técnico: Rogério Zimmermann.
PELOTAS
Paulo Sérgio; Tiago Gaúcho, Pedrão, Edson Borges e Digão; Jovany e Paraná; Fabiano Gadelha, Bruno Coutinho e Felipe Garcia; Gilmar. Técnico: Paulo Porto.
Local: Estádio Bento Freitas, em Pelotas. Horário: 20h30. Preços dos ingressos: cadeiras – R$ 70,00; arquibancada – R$ 40,00; idosos e estudantes – R$ 20,00. Árbitro: Márcio Chagas da Silva; assistentes: Alexandre Kleiniche e José Eduardo Bernardi.