BRAPEL: Começa o embate final
O sétimo Bra-Pel em 82 dias será realizado nesta noite, às 20h30, na Boca do Lobo, abrindo a série de dois clássicos decisivos para apontar o campeão da Copa Sul/Fronteira. O segundo jogo está marcado para terça-feira no Bento Freitas. Cada uma das equipes venceu um dos turnos desta copa regional. O Pelotas conquistou o primeiro turno; e o Brasil, o segundo. As duas decisões de turnos ocorreram igualmente no Bra-Pel.
Até aqui em seis clássicos neste segundo semestre, o Brasil tem duas vitórias (1 a 0 e 2 a 1, ambas na Baixada), três empates (dois de zero a zero e outro por 1 a 1 – todos na Boca do Lobo) e o Pelotas tem uma vitória de 3 a 0 na casa do adversário. O confronto se repete nesta noite, com a rivalidade acentuada em função da repetição do clássico num curto espaço de tempo.
O Bra-Pel 358 deve ser um dos mais tensos, porque começa a decidir o título geral da competição. O Pelotas tem a vantagem de jogar em casa e quer arrancar na frente. “Pode ter certeza que vamos brigar muito, e até o final, para vencer essa partida. Nós estamos querendo muito esse título”, disse o técnico Paulo Porto. Já o Brasil está com a confiança em alta pela vitória de terça-feira por 2 a 1, que valeu o título do segundo turno.
Um dos personagens dos clássicos anteriores, o meia Bruno Coutinho – autor de dois gols na vitória do Pelotas por 3 a 0, no Bento Freitas – não está mais na Boca do Lobo. Justamente ele que vinha sendo sempre o centro das atenções nos jogos anteriores (seja pela qualidade técnica ou porque geralmente era dúvida – por causa de lesão – para começar a partida). Seu contrato foi rescindido na quarta-feira – logo após ele ter feito ataques ofensivos ao modelo de jogo do Brasil e ao técnico do time adversário.
Mas o Bra-Pel de hoje deve produzir outros heróis. O do último jogo foi Joelson – atacante do Brasil, o principal jogador em campo. O clássico pode também formar seus vilões. Um lance pode ser a diferença entre a alegria e a tristeza; a vitória e a derrota.
Times com desfalques por suspensão
Como nos clássicos anteriores, os treinadores optaram pela realização de treinos com portões fechados e haverá atraso para a confirmação das escalações. Os dois times terão desfalques. O Pelotas não poderá contar com Gilmar e Jefferson, que estão suspensos; e Edson Borges, lesionado. Já o Brasil tem fora Cleiton, que recebeu o terceiro cartão amarelo; e Alex Amado, machucado.
O técnico Paulo Porto terá que encontrar ainda o substituto de Bruno Coutinho, que era o principal articulador da equipe. A vaga deveria ficar com Gadelha, mas o meia retorna de lesão – fora do time por mais de um mês em função de uma lesão muscular. Ele pode ficar como opção para o decorrer do jogo. Assim, Mithyuê e Régis devem estar juntos, formando a linha de três meias com Felipe Garcia. Outra possibilidade seria o garoto Ramón, que também se desligou do clube.
No comando de ataque entra Rafael Santiago. Pedrão retorna ao time, após cumprir suspensão no clássico anterior. O mesmo ocorre com Fernando Cardozo no Brasil. Na vaga de Cleiton, o treinador Rogério Zimmermann pode escalar Kozlowski, mantendo Márcio Hahn na equipe. Éder Machado recupera vaga no ataque com a lesão de Alex Amado.
Ficha Técnica
PELOTAS
Paulo Sérgio; Tiago Gaúcho, Pedrão, Bruno Salvador e Digão; Jovany e Paraná; Mithyuê (Gadelha), Régis e Felipe Garcia; Rafael Santiago. Técnico: Paulo Porto.
BRASIL
Luiz Müller; Wender, Cirilo, Fernando Cardozo e Rafael Forster; Leandro Leite, Washington, Márcio Hahn e William Kozlowski; Joelson e Éder Machado. Técnico: Rogério Zimmermann.
Local: Estádio da Boca do Lobo. Horário: 20h30. Preços dos ingressos: arquibancada – R$ 40,00; sócios e idosos – R$ 20,00. Árbitro: Leandro Vuaden; assistentes: José Franco Filho e Leirson Peng Martins.