Brasil aprova desempenho, mas sabe que precisa de resultados
Por: Henrique König
O Xavante entrou em campo cedo no último sábado (23). Foi o primeiro jogo da 3ª rodada da Série C. Foi também o primeiro jogo com público no Bento Freitas neste campeonato nacional. Quem encarou o frio matinal na Baixada viu um Brasil propositivo, buscando a primeira vitória na competição, mesmo diante do líder Botafogo-SP. Mas, apesar das boas chegadas desde o primeiro tempo, que melhoraram na etapa final com a entrada de Junior Pirambu, o Xavante só conseguiu o gol aos 41 minutos. Uma pintura do atacante estreante. O balde de água fria foi imediato: Tiago Reis completou cruzamento, surpreendeu o goleiro Vitor Luiz e deixou igual: 1×1, placar final.
O Brasil completou as três primeiras partidas sem vencer: são dois empates e uma derrota. Dessa forma, é o 16º colocado entre os 20. Está uma posição acima da zona de rebaixamento. Os demais gaúchos, São José e Ypiranga somam 4 pontos cada. Na próxima partida, o Xavante encara justamente o Zeca, em Porto Alegre, no estádio Passo d’Areia. Lá foi a última vitória rubro-negra fora de casa. O time não vence fora desde março de 2021, naquele jogo válido pelo Gauchão.
Jerson Testoni defendeu o desempenho dos atletas no empate por 1×1 com o Botafogo paulista. Novamente faltaram os detalhes para sair vencedor. Afirmou que no primeiro tempo o time deveria ter definido mais. “Quando se joga contra um adversário de linha tão baixa, com três zagueiros, e no final do jogo foram quatro, nós precisamos finalizar nas oportunidades que surgirem.”
Ele reconheceu a boa estreia de Pirambu, que chegou dando bicicleta, tumultuando a área adversária e finalmente marcando gol. Por outro lado, a defesa ainda não está sólida: segue com dificuldade no jogo aéreo. Os quatro gols sofridos pela equipe na Série C foram em lances levantados para grande área. O problema é recorrente desde o Gauchão.
No ataque, para ajudar Pirambu, Vini Peixoto procura seu espaço. O jovem pelotense foi titular pela primeira vez. Criou algumas chances. Falta ser fatal. Aos 20 anos, Peixoto deve ter visto os companheiros de Xavante no Gauchão sub-20. Os guris do técnico Antônio Freitas venceram o Novo Hamburgo por 2×1. Aí também pode estar o futuro.