Brasil busca três atacantes
Além de definir a contratação de Nem, o Brasil pretende trazer três jogadores para o sistema ofensivo: um meia, um centroavante e um atacante de velocidade. Mesmo que não haja pressa, o trabalho é persistente na busca desses jogadores.
O vice-presidente de futebol, Cláudio Montanelli, confirma que a negociação com Nem está para ser concluída. “Esse é um jogador que nos serve muito, porque chegaria para fechar aquele setor ali (setor de contenção do meio-campo) para depois nos partirmos para mais para frente”, afirmou o dirigente. Nem está vindo do Figueirense.
Montanelli lamentou a saída de Siloé, que pediu rescisão de contrato antes de estrear. “Eu gostaria muito que ele tivesse ficado aqui, porque fizemos um grande esforço para trazê-lo, mas quando entra coisa de ‘motivos pessoais’ não tem como segurar o jogador”, completa o dirigente.
Modelo de disputa da Série B e longas viagens forçam mudança de estilo
O forte do Brasil é a intensidade competitiva que costuma empregar nas partidas, especialmente quando joga no Bento Freitas. O Campeonato Brasileiro da Série B deve trazer uma mudança no estilo de jogo do time rubro-negro, aliando posse de bola com a intensidade. Isso está relacionado com o modelo de disputa da competição, além das longas viagens que irão reduzir o período de treinamento e até de recuperação dos jogadores.
O técnico Rogério Zimmermann alerta para essa necessidade de adaptação. “Vai ter momento em que será necessário segurar um pouco mais. Não vai dá para jogar sempre com velocidade e intensidade alta, vai ser preciso trabalhar mais a bola, por causa do tempo curto de um jogo para outro e mais as viagens”, diz o treinador. Quem assistiu ao jogo de sábado contra o Paraná já observou a equipe trabalhando mais a bola no campo de defesa, embora isso nem sempre seja compreendido pelo torcedor.
Zimmermann diz que é preciso intercalar intensidade e posse de bola
Foto: Carlos Insaurriaga/Assessoria GEB
Zimmermann ressalta que o Brasil pode passar por essa mudança de estilo, porque “possui um grupo equilibrado, com jogadores de velocidade, outros mais de marcação. É um grupo que tem várias características”. A tendência para o jogo desta sexta-feira diante Atlético/GO é a de marcar atrás e saída no contra-ataque. A redução das dimensões do gramado faz com o Serra Dourada deixe de ser um problema temido pelos adversários, que antes se desgastavam demais quando jogavam com as equipes goianas.
EQUIPE – Da primeira para a segunda rodada da Série B, o Brasil teve uma semana de intervalo, o que não vai se repetir tão cedo. Isso permite que a equipe possa ser mantida. Pelo menos essa é a expectativa. A provável escalação para o confronto com o Atlético é Eduardo Martini; Wender, Cirilo, Leandro Camilo e Marlon; Leandro Leite, Washington, Diogo Oliveira e Felipe Garcia; Marcos Paraná e Ramón.
Zimmermann considerou normal a desistência de Siloé em jogar no Brasil e também disse que essa saída imprevista não irá acelerar a busca de outro jogador para o ataque. “Mas se sair um jogador é naturalmente que é preciso que haja a reposição”, completou.
