Diário da Manhã

Confirmação matemática veio aliada à vitória do Brusque na 33ª rodada; no Bento Freitas, time teve atuação apagada e não superou Avaí mesmo com jogador a mais

Por: Henrique König

O feriado terminou com o decreto do rebaixamento do Grêmio Esportivo Brasil. O Xavante batalhou, mas não teve forças para reverter seu destino na Série B nacional. De forma matemática, a derrota para o Avaí, por 1×0, no estádio Bento Freitas, aliada à vitória do Brusque na 33ª rodada, definiram a queda para Série C de 2022. Foram seis temporadas na segunda prateleira do futebol nacional e a certeza de que muita coisa precisa mudar e evoluir no clube em busca do retorno nos próximos anos.

Na Baixada, o público compareceu, mas o Brasil não conseguiu medir forças com o poderoso Avaí, que, com a vitória, agora tem pontuação de vice-líder, em busca de mais um acesso. O Xavante ocupou por toda a Série B o lado oposto da tabela: é último colocado com 23 pontos, agora sem chances de alcançar os adversários de fora da zona de rebaixamento. Na 34ª rodada, o time de Jerson Testoni já começa a cumprir tabela, contra o Sampaio Corrêa, domingo (7), às 18h15, em São Luis.

Nem a expulsão de Bruno Silva, no primeiro tempo, mudou os rumos do Brasil. O Xavante, mesmo com jogador a mais, teve atuação apagada de seu ataque, que havia marcado três gols em um único jogo pela primeira vez na temporada, diante do Náutico. Diante do Avaí, foram raras as chances criadas. Já o time catarinense assustou em pelo menos três cobranças de falta, todas espalmadas pelo atento goleiro Matheus Nogueira, que retornou bem à equipe.

Já no segundo tempo, o Avaí manteve a calma, teve boa postura e pareceu saber o que buscava dentro de campo. Foi trocando passes que um cruzamento encontrou a cabeçada certeira do centroavante Getúlio: 1×0 para o Avaí. O Brasil mudou peças segundo proposta de Jerson Testoni. Arriscou um time mais ofensivo no segundo tempo, com a saída de Héverton e entrada de Paulinho na esquerda. Gabriel Poveda tentava mobilidade ao ataque. Mas a chance clara do Xavante caiu nos pés de Rone e ele chutou pela linha de fundo, seguindo zerado em gols pelo Rubro-Negro.

E zerado passou o ataque xavante na partida, o pior entre os participantes da Série B. Faltando cinco rodadas, o time ainda busca a marca dos 26 gols para tentar equivaler os piores ataques da história da competição de pontos corridos. Com o apito final e os resultados paralelos da 33ª rodada, o Brasil, que iniciou a B com Claudio Tencati, teve Cléber Gaúcho e termina com Jerson Testoni, está rebaixado. A direção também mudou demais no caótico ano: iniciou com Nilton Pinheiro, teve Carlos Renato Moreira e Carlos Monks a renunciar recentemente e a presidência fica por conta do presidente do Conselho Deliberativo, Evanio Tavares, para conduzir o clube na sequência.

Fim de tarde melancólico no Bento Freitas, que ainda presenciou mais um caso de injúria racial, desta vez de torcedor do Avaí contra o maqueiro da equipe xavante. Ambos foram à delegacia pelo acontecimento.

BRASIL: Matheus Nogueira; Netto (Vidal), Leandro Camilo, Ícaro e Héverton (Paulinho); Diego Gomes (Rone), Bruno Matias, Rildo, Patrick (Gabriel Poveda), Renatinho e Erison. Técnico: Jerson.

AVAÍ: Gledson; Diego Renan, Alemão, Betão e João Lucas (Iury); Bruno Silva (expulso), Jean Cléber, Lourenço, Jadson (Romulo), Copete e Getúlio (Valdívia). Técnico: Claudinei Oliveira.