Brasil pontua no Beira-Rio após 27 anos: “Trabalho, organização e mérito”
Por: Henrique König
29 de julho de 1994. Esta era a data do último empate do Xavante no estádio Beira-Rio contra o Internacional. A última vitória segue a de 1984. E poderia ter sido na quarta-feira (16) à noite, mas o empate pelo placar de 1×1 se desenhou ao final do tempo de jogo. O pelotense Taison marcou para os colorados e Paulo Victor, garoto iluminado, deixou na rede pelo Brasil. O Xavante avança para 10 pontos na tabela do Campeonato Gaúcho, praticamente livre da queda. O Inter marcou passo e perdeu a chance de assumir pontuação de liderança.
“A gente perde noites de sono, não é discurso da boca para fora, então muito feliz quando o resultado acontece. Foi o resultado mais difícil da minha vida, até dos tempos de jogador”, confessou Jerson Testoni, jovem treinador de 41 anos, que teve muitos desfalques para armar o Brasil no Beira-Rio.
“Mérito total aos atletas, fiéis aos que pedimos. Passamos a ideia para eles e tiveram a convicção de comprá-la. Mesmo quando levamos o gol, tivemos a estratégia, nosso plano de jogo. Tivemos algumas escapadas para chegar ao último terço do campo. Paulo Victor teve uma chance. O Inter tinha quase nenhuma chegada, mas fez o gol no final da etapa. Mas voltamos ao segundo tempo com a mesma ideia, e sabíamos que a primeira linha de marcação do Inter deixa espaço, e o Paulo ou o Luizinho aproveitariam. Fomos premiados nas transições, fomos felizes nisso e tivemos até chance de ganhar o jogo”, resumiu Jerson, em sua análise da partida.
O treinador considera que o panorama é de muita dificuldade, porque Thiago Santos, lesionado, pintou como mais um desfalque. Volantes Juliano e Ruan, atacantes Joanderson e Bruno Paulo já estavam fora diante do Colorado. “Precisamos muito do torcedor no domingo para nos empurrar” – para o duelo com o Ypiranga, no domingo (20), às 16h, no Bento Freitas.
Além do Ypiranga, na próxima semana o Brasil tem o seu jogo mais importante no semestre: a Copa do Brasil diante do Glória, em Vacaria. Passar de fase na Copa é fundamental para forrar os cofres do clube, agredidos pelo acúmulo de dívidas.
