Brasil rebaixou na Série B após sucessão de equívocos
Por: Prof. Luis Artur Janes
A temporada 2021 do Brasil ainda não terminou, mas, desde o dia 2 de novembro, o Rubro-Negro já não tem mais o que fazer no Campeonato da Série B. A derrota para o Avaí confirmou o rebaixamento do Xavante à Série C para o ano de 2022, restando cinco rodadas para o término da segunda divisão nacional.
Vários fatores explicam a queda de divisão do Brasil. Alguns desses fatores podem ser buscados dentro da temporada de 2021, mas é necessário reconhecer que o Xavante “flertou” com a Zona de Rebaixamento da Série B durante a maior parte do tempo de estadia nesse certame, que iniciou em 2016 para o Rubro-Negro. Esse flerte aconteceu por causa de alguns equívocos cometidos pela antiga gestão do clube, que foi substituída ao final da temporada de 2020.
O primeiro equívoco residiu no fato de que o Brasil montou pelo menos dois times por temporada a partir de 2017. A ideia era economizar no Estadual e investir no Nacional. Mas a estratégia onerou os cofres do clube, que invariavelmente largava mal no Nacional e precisava buscar reforços além do que era previsto.
Ligado ao primeiro equívoco, temos a questão das categorias de base, que nunca entregaram o que se esperava, pois não renderam grandes valores em termos de atletas negociados e, também, não abasteceram a equipe principal com um bom número de jogadores.
Administrativamente, a gestão Ricardo Fonseca sempre passou uma imagem fechada, extremamente personalista. Esse fato, de certa forma impediu o surgimento de novas lideranças, criando uma sensação de “orfandade” diretiva, após a saída de Ricardinho.
E, finalmente, o drama das trocas de técnicos, percebido após o encerramento da segunda passagem de Rogério Zimmermann pelo Brasil, em 2017. Vários profissionais tentaram deixar a sua marca no rubro-negro, mas fracassaram, não conseguindo fazer trabalhos de longo prazo, mesmo que alguns tenham obtido bons resultados. A impressão que fica é que o espectro de RZ paira sobre o Brasil, travando a evolução da forma como se pensa o futebol na Baixada. Em suma, a junção dos pontos especificados acima, com os muitos erros cometidos pela gestão Nilton Pinheiro, explicam o péssimo ano de 2021 do Xavante.