BRASIL : Solução com os jovens
Por: Henrique König
O futebol tem caminhos, mas não a receita perfeita. Alguns exemplos são times galáticos do Real Madrid que eram muito superiores aos demais, mas não conseguiam vencer a Europa. Seleção brasileira de 2006 com Ronaldinho, Kaká Ronaldo e Adriano. Fluminense que teve um frustrante ano de 2004 com Ramon, Roger, Romário e Edmundo. Equipes que prometiam e não cumpriam.
O G.E. Brasil reagiu demais na temporada. O grupo para o Campeonato Gaúcho era assustador. A Série B seria dramática. Seria, mas não foi. O excelente trabalho dos profissionais, entre eles Felipe Gil e o então técnico Hemerson Maria, arrumou a casa. Jogadores promissores chegaram ao Bento Freitas, a maioria por empréstimo e a maioria jovens, querendo mostrar serviço.
O encaixe e a sintonia colocam o Xavante na metade de cima da tabela ao final de 2020, a 6 pontos do G4, faltando sete rodadas para acabar a Série B. Da defesa ao ataque, o Brasil tem Rafael Martins, que veio após não ser aproveitado no Coritiba, lateral Felipe Albuquerque, jovem ainda escanteado na fila de laterais do Grêmio, zagueiros Camilo e Héverton como remanescentes, mas com Diego Ivo em ótima entrada, também com o promissor Nuno. O lateral Alex Ruan em retorno importante ao clube. Os volantes Sousa e Bruno Matias fazem grande dupla, crescem juntos, com Pablo e Cazonatti como opções. Matheus Oliveira chegou discreto e virou dono da camisa 10. Bruno José chama a atenção pelo RS e pelo Brasil, pois é emprestado pelo Internacional.
Ainda para o ataque, onde houve a saída do jovem Danilo Gomes e as lesões dos importantes Poveda e Jarro, o Brasil apresentou Luiz Henrique como joia
das suas categorias de base. Dellatorre cresceu em relação a si mesmo na temporada, com a confiança de Tencati. Quanto maior for a manutenção deste grupo, melhor serão os resultados para 2021.