BRIGADA : Nove anos da Patrulha Maria da Penha
Na quarta-feira, a Patrulha Maria da Penha (PMP) da Brigada Militar, principal política de proteção à mulher vítima de violência de gênero, completou nove anos.
Criada em 2012 com o intuito de promover proteção a milhares de mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, a PMP é referência no atendimento e acolhimento às vítimas.
Em seu primeiro ano de funcionamento, a Patrulha atendia seis cidades em todo o Estado: Porto Alegre; Canoas; Caxias do Sul; Esteio; Passo Fundo; Santa Cruz do Sul e Cruz Alta, alcançando o total de 1.971 mulheres atendidas entre 2012 e 2013. Até 2019, o número de cidades que recebiam cobertura das Patrulhas Maria da Penha era 46, quantia que nos últimos dois anos obteve um aumento de 148%, chegando a 114 cidades assistidas pelo programa de proteção.
A Brigada Militar continuamente empenha esforços para a ampliação e a qualificação do atendimento às mulheres. No dia 31 de agosto deste ano, as PMPs receberam o acréscimo de 460 policiais militares aprovados no curso de capacitação da Patrulha. Na cerimônia de formatura, a coordenadora das patrulhas, major Karine Brum, destacou a importância do curso. “A qualificação constante de novos patrulheiros é essencial para aprimorar e expandir o alcance da Patrulha Maria da Penha. Hoje, nossas patrulhas atendem 114 cidades, mas buscamos alcançar o Estado inteiro para acolher quem precisa de um atendimento especializado”, destacou.
Ao elogiar o empenho da BM para prestar atendimento e suporte de qualidade às mulheres, para que elas consigam romper o ciclo da violência permanentemente, a major Karine também convida a sociedade para ser uma parceira das polícias no combate a violência de gênero. “A Brigada Militar está permanentemente aprimorando o serviço de atendimento à vítima, mas o crime de violência contra a mulher nem sempre é um crime possível de ser antecipado e prevenido pelas forças de segurança. Por isso, convido cada gaúcho e gaúcha que perceba em um familiar, amigo ou vizinho uma situação de violência, que ligue para um dos canais de denúncia da polícia. Ligue para o 181 da Polícia Civil se você percebeu um fato e tem informações e ligue para o 190 se for uma situação de risco iminente para a vítima”, enfatizou a major.
No mês de setembro foram registrados cinco feminicídios no Estado, e nenhuma das vítimas já havia denunciado seu agressor. Os indicadores, disponíveis no site da Secretaria da Segurança Pública, demonstram a importância do engajamento de todos os cidadãos no combate a este crime, denunciando situações de violência doméstica.