CAMINHOS DE SI : Show de lançamento do CD “O Tempo”
Nesta sexta (15) às 20h na Bibliotheca Pública Pelotense, novo disco do “Caminhos de Si”
Por Carlos Cogoy
Segundo disco do trio que reúne o compositor Martim César, Hélio Ramirez e Paulo Timm. O grupo que surgiu em Jaguarão há mais de dez anos, dialoga com a cultura pampeana, brasileira e latino-americana. No espetáculo desta noite, disco poderá ser adquirido a R$10,00. O trabalho foi viabilizado através do Programa Municipal de Incentivo à Cultura (PROCULTURA), e contará com a participação de convidados. Apoio da equipe da Bibliotheca Pública. ENTRADA FRANCA.
PARTICIPAÇÕES – O show de lançamento terá abertura do escritor e pesquisador Enilton Grill Jr. Conforme Martim César: “Contaremos com a apresentação especialíssima da cantora uruguaia Laura Correa, e da sempre talentosíssima Maria da Conceição. E os músicos, parceiros históricos do ‘Caminhos de Si’, Fabrício ‘Pardal’ Moura, Leonardo Oxley e Gil Soares. Também Rodrigo Porciúncula, Lyber Bermúdez, Davi Batuka, Alexandre Popó, Nilton Jr., Egbert Parada e Aluísio Rockembach. Já os atores Fernando Petry e Sandro Calvetti, estarão interpretando ‘Don Quixote’ e ‘Sancho Pança’”.
CAMINHOS – A designação do grupo é o título de música que integra o primeiro CD. De acordo com Martim, o refrão sintetiza o propósito artístico-conceitual: O tempo que corre fora, /não é o que corre por dentro/ Pois um se mede por horas,/o outro por sentimentos”. O primeiro disco, que tem o nome do grupo, teve lançamentos no Theatro Sete de Abril e Fórum Social Mundial. Martim acrescenta: “O que fazemos é ‘world music’. Mas, também posso definir como regional-universal, com uma pitada fronteiriça cuja visão mira os dois lados: o do país continente chamado Brasil, e a América Latina de língua hispânica. Creio que o ‘Caminhos de Si’ perpassa por coisas antigas, mas não se prende a elas, ou seja, fala do novo a partir do antigo. É uma arte mestiça. Sempre digo que ‘Cada fachada, cada marquise, cada casa centenária destas cidades do Sul, foi erguida com arquitetura branca, utilizando mão de obra negra, sobre território índio. Mestiços somos. Como a nossa arte”.
DEMOCRACIA – Show acontece numa data histórica para o País, com o início da votação acerca do “impeachment” na Câmara dos Deputados. Em relação ao contexto atribulado, Martim menciona: “Temos uma música chamada ‘A verdade da Memória’ que, de certa forma, é um libelo à democracia. Nela retratamos os anos de chumbo da América Latina, e também a nossa crença em uma democracia forte e que seja decidida pela vontade soberana do povo’”.
SHOW – Após a apresentação em Pelotas, “Caminhos de Si” terá agenda de lançamentos em Porto Alegre e Jaguarão. O grupo também está definindo data e local, para a apresentação em Montevidéu. “No show tratamos de temáticas como as questões étnicas e sociais. A exemplo, conflitos como o extermínio indígena, e a exploração escrava. Além disso, as questões ambientais como a preservação dos rios e florestas. Outro aspecto, são as incursões pela história e literatura. Em destaque, a ênfase no esquete teatral sobre ‘Dom Quixote de la Mancha’, a obra imortal de Cervantes”, diz. Para conhecer mais sobre o grupo: caminhosdesiotempo.blogspot.com. Em relação à obra literária de Martim – prosa e verso -, informações estão disponíveis online: martimcesar.com.br