Diário da Manhã

A comunidade de Pelotas, da região e visitantes tem mais uma oportunidade de conhecer parte da trajetória e da obra de um dos maiores monumentalistas do país, do século passado: o escultor pelotense Antônio Caringi. A prefeita Paula Mascarenhas, familiares do artista e demais autoridades abriram, dia 13, a exposição Antônio Caringi: o escultor dos Pampas, que se estende até o final do mês, no prédio da Secretaria de Cultura (Secult).

Um dos primeiros atos da cerimônia, que ocorreu na sala de exposições que eleva o nome do escultor, foi a assinatura da Lei nº 7.054/22 pela prefeita, incluindo no calendário oficial do Município o mês de maio, para marcar a data do nascimento e também da morte do artista, como o mês de Caringi.

Segundo a chefe do Executivo, “Caringi é o escultor de Pelotas, nós somos a terra de um escultor, porque ele está presente entre nós, e qualquer região da cidade, desde a Praça Coronel Pedro Osório, até a zona norte ou no Fragata, a gente se encontra, a gente tropeça com as obras do Caringi.

O autor da lei que homenageia o escultor neste mês, o vereador e presidente da Câmara Municipal, Marcos Ferreira, o Marcola (sem partido), reiterou a relevância dessa personalidade que precisa ter a sua história e obra difundidas. “Nós somos privilegiados de ter um pelotense como Caringi, que marca a história da nossa cidade com tantas obras, e que também levou para o mundo e difundiu esse legado. Por isso também estamos apresentando um projeto de lei à Câmara, que busca incluir no currículo escolar a história de Caringi, além do projeto para dar o seu nome à Estrada do Engenho”, observou Ferreira.

Para secretária de Cultura do Estado, Beatriz Araújo, é um momento ímpar de reparação a toda a trajetória e legado do artista. “O Caringi merecia esse reconhecimento há muito tempo e agora os poderes Executivo e Legislativo somam esforços para essa valorização de sua obra, do nome dele que leva Pelotas para todos os cantos. Como secretária de Estado, fico muito feliz de estar aqui na abertura desta que é uma exposição muito significativa”, disse Beatriz, salientando que o governo estadual tem contribuído pra isso com ações recentes, como a recuperação da Estátua do Laçador, principal monumento de Caringi no RS, via Lei de Incentivo a Cultura.

Essa é a primeira vez que a Sala Caringi recebe uma exposição do artista, um momento considerado muito especial para a família. “É uma homenagem carregada de muita emoção. Lembramos do pai e do artista e de uma frase que ele sempre dizia, que o artista deve expor a sua obra à contemplação pública, e eu repito sempre, pois isso dá uma oportunidade de todos poderem apreciar esse trabalho, tudo o que ele fez para a nossa cidade, tudo o que ele tem pelo Estado, pelo país e pelo mundo. Isso só nos enche de orgulho”, afirmou Antônia, filha de Caringi.

Também estiveram presentes na cerimônia os secretários municipais de Cultura e de Governo e Ações Estratégicas, respectivamente, Paulo Pedrozo e Fábio Machado, o assessor de Projeto Especiais, Luiz Van der Lan, a vice-reitora da Universidade Federal de Pelotas, Úrsula Rosa da Silva, além de filhos e netos de Caringi.

A EXPOSIÇÃO

A mostra tem a curadoria da neta do escultor, Antonella Caringi de Aquino, e de Marcelo Hansen Madail, e teve origem em outra mostra realizada em 2005, referente ao centenário de nascimento do artista plástico, considerado um dos mais atuantes no estado, entre as décadas de 1930 e 1950. A exposição é composta de aproximadamente 30 artigos entre fotografias, esculturas, peças e quadros que retratam parte da história de Caringi, sendo totalmente aberta ao público na sala Caringi, na sede da Secretaria de Cultura (Secult), que fica na Casa 2 da Praça Coronel Pedro Osório, no Centro de Pelotas. As visitas podem ser feitas de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h, até o dia 31 deste mês.