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domingo, 17 de novembro de 2024

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Carnaval 2014: Câmara quer explicações da Prefeitura

Carnaval 2014: Câmara quer explicações da Prefeitura
14 janeiro
13:44 2014

Vereadores também querem ouvir Ministério Público

Depois de quase três horas de uma audiência pública marcada pelos ânimos tensos dos participantes, a Câmara de Vereadores decidiu que encaminhará pedido de informações ao Executivo a respeito do Carnaval 2014, e também ao Ministério Público para que se pronuncie sobre as possíveis irregularidades que envolvem a festa a menos de 45 dias de sua realização. De acordo com o presidente do Legislativo, Ademar Fernandes de Ornel (DEM), a audiência foi realizada para que fossem oferecidas respostas a várias questões, mas nada foi esclarecido pelo superintendente de manifestações populares da Secretaria de Cultura, Francisco Rangel.

Audiência Pública foi realizada na Câmara de Vereadores para tratar do Carnaval deste ano - Foto: Pacheco

Audiência Pública foi realizada na Câmara de Vereadores para tratar do Carnaval deste ano – Foto: Pacheco

São quatro as perguntas que os vereadores querem ver respondidas: quem vai realizar o Carnaval; quanto a festa vai custar aos cofres públicos; a empresa Viger que já está envolvida nos preparativos receberá quanto; e já houve ou haverá licitação de empresas?

Mas não é só isso. O presidente questionou onde se encontra a secretária de Cultura,  Beatriz Araújo. “De férias? É assim que ela demonstra seu interesse pelo Carnaval? E o prefeito? Também não se sabe onde ele está!” E continuou: “este não seria o Carnaval dos sonhos de Pelotas? Ou será o Carnaval do pesadelo?”

As preocupações do presidente foram as mesmas dos demais parlamentares presentes. Marcos Ferreira (PT), Ricardo Santos (PDT), Antônio Peres (PSB), também proponentes da audiência pública, Anderson Garcia (PTB), Edmar Campos (DEM), Rafael Amaral (PP), Tenente Bruno (PT) também demonstraram sua insatisfação com a falta de esclarecimentos. O público, formado por carnavalescos e moradores da área do Porto, onde a Prefeitura pretende realizar a festa, também se manifestou. A maioria, preocupada com a demora na organização do Carnaval.

A vice prefeita Paula esteve realizando visita em local no Porto de Pelotas

A vice prefeita Paula esteve realizando visita em local no Porto de Pelotas

Porto – Um dos mais preocupados com a festa é o chefe de Divisão do Porto de Pelotas, Darci Cunha. Ele explicou que tem se reunido com os funcionários para tentar viabilizar as operações locais durante o Carnaval. “Temos 55 famílias que dependem do Porto, além de uma estrutura patrimonial e armazéns da Receita Federal onde ficam mercadorias apreendidas”, disse Darci Cunha.

Ele explicou que procurou o chefe de gabinete do prefeito, para levar sua preocupação, e que Paulo Morales lhe disse que “o Porto é inoperante”. “Eu lhe respondi que não, e que só temos onze guardas para fazer a segurança do local. Se alguém ultrapassar a área do Porto, e cair na água, de quem será a responsabilidade? Será nossa.”

Apesar de explicar que a área onde será realizado o Carnaval será menor do que o anunciado, o representante do governo não conseguiu convencer os vereadores de que a festa está bem organizada.  “A passarela não vai restringir as residências, e vamos substituir as lâmpadas por outras de 400 watts para iluminar bem toda a área, além de aumentar o efetivo da Brigada Militar”.

Mas, partiram dos vereadores as principais críticas à falta de esclarecimentos do governo. O  vereador Anderson Garcia fez questão de deixar claro que, apesar de defender o prefeito Eduardo Leite, no caso do Carnaval não poderia “defender este governo que não deu a importância devida a esta festa e desrespeita as pessoas e a cidade”.

Rafael Amaral também se posicionou. “O que falta é um trabalho levado a sério, com uma equipe na Secult (Secretaria de Cultura) que goste de Carnaval, porque esta festa gera empregos e é importante para a economia da cidade”.
Ricardo Santos afirmou que a responsabilidade é do prefeito e que, lamentavelmente as festas populares, como Carnaval e Iemanjá estão acabando neste governo. O vereador também disse que a Comissão Especial do Carnaval, criada em agosto, da qual ele e o vereador Marcola fazem parte, foi desrespeitada quando o  governo tomou decisões sem consultá-la.

O vereador Tenente Bruno relembrou os problemas de segurança de 2013 e pediu que o Corpo de Bombeiros seja contatado de início, e que a segurança privada não seja contratada de forma irregular para evitar profissionais sem qualificação. Antônio Peres questionou se, este ano, haverá redução de custos para a festa, uma vez que a área será menor e haverá menos escolas desfilando. E o vereador Edmar Campos disse que o asfalto que será usado para a pista de desfiles poderia ser usado em vilas e bairros.

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