Casa da Luta de portas abertas
Por: Henrique König
“O pessoal gostava. ‘Bah, meu, se tu abrir uma academia eu luto contigo.’ Então consegui abrir para conciliar o meu trabalho, meu ganha-pão, com meu tempo para treinar, com mais gente e mais dedicação”, conta André Bagé sobre a fundação da Casa da Luta em 2014. Primeiro foi na casa dele, em espaço de garagem na Rafael Pinto Bandeira. Atualmente ele está melhor localizado pelo Centro.
A academia fica na Dr. Miguel Barcelos, entre as ruas Gonçalves Chaves e Félix da Cunha. É bem em frente à Catedral. Academia Atlanta Fitness, com a Casa da Luta anexada.
O pelotense André explica que não é da fronteira: “como era um apelido de escola foi ficando. Havia um rapaz que era o Bagé e disseram que eu era parecido. Ele saiu da escola, mas a garotada seguiu me chamando assim e ficou o apelido até nas lutas. Sou natural de Pelotas mesmo.”
Como foi seu início na luta?
“O Muay Thai sempre me chamou a atenção. A gente que é do combate, da luta em pé, percebe que ele é bem completo. Comecei a dar aulas de Muay Thai no meio de 2014 e buscamos sempre evoluir para nós mesmos e para os clientes. Comecei aos cinco anos no Karatê, mas sentia falta de um esporte de mais contato. Aos treze, treinei o Boxe. Daí eu sabia do chute pelo Karatê e uni as modalidades com o Muay Thai, em 2009. No dia que completei 15 anos venci um Campeonato Gaúcho, com duas lutas, recebi até destaque do torneio. Ali começava minha trajetória no Muay Thai”, conta o instrutor, que passou também pelo Jiu-Jitsu.
Como funciona a luta e seus benefícios?
“O Muay Thai e o Boxe não são artes marciais, são esportes de luta. Mas existe toda a hierarquia, de respeito e disciplina. É preciso pensar na saúde, não pode brigar por aí. Temos disciplina de horários, de exercícios. As aulas em grupo empolgam por isso, porque às vezes tu acha que não consegue, mas tu vê o colega também com dificuldade conseguir e gera a superação. Sobre a saúde, os alunos melhoram a resistência aeróbica e a massa muscular. Também aspectos como autoconfiança, se sentir bem
consigo mesmo e uma disciplina que tu leva para tudo. A pessoa extrapolar, beber demais fim de semana, acaba pagando na hora de voltar aos treinos. Então a pessoa melhora o autocontrole através da doutrina da luta. É uma mudança na vida dos alunos.”
No momento, a Academia ministra o Muay Thai em grupos. Devido à pandemia, houve um tempo de inatividade. “Voltamos faz dois meses. Eu estava só com Personal Fight, um ou dois alunos por horário. A partir de outubro, teremos também Boxe e Jiu Jitsu.”
São dois horários para Muay Thai: turmas às 19h ou meio-dia. O Jiu-Jitsu e o Boxe serão abertos em turmas das 20h. Os grupos vão desde iniciantes até um nível mais avançado. Para quem busca competição, existe a possibilidade de treinar em separado. “A maioria busca aula comercial, não vem com intuito de competir, mas sim pela atividade física, pela saúde, bem estar e emagrecimento.”
Mas há quem participe de competição. No meio de 2021 começaram a voltar os torneios. “Retornando à normalidade, voltaremos a competir em campeonatos. Vamos a estaduais e também eventos fechados, com lutas casadas entre as academias, também com premiação. São importantes para quem busca experiência para eventos maiores.”
André chegou a se afastar de campeonatos por quatro anos, devido a lesões. Então, seu foco se tornou maior em dar aulas comerciais, com alunos em busca da saúde. Mas, em 2021, ele retorna para eventos de Muay Thai e MMA, em busca também de divulgação de seu trabalho.
Com amplos benefícios para saúde, na busca por desestressar e pelo bem estar após tantos meses de pandemia, as lutas podem ser o caminho. Se interessou? André atende pelo (53)98405-7766.