Diário da Manhã

domingo, 24 de novembro de 2024

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CASO GABRIEL : MP denuncia três policiais por homicídio, ocultação e falsidade

08 setembro
09:09 2022

O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), denunciou na segunda-feira, três policiais pelo homicídio e ocultação do cadáver de Gabriel Marques Cavalheiro. O jovem de 18 anos foi morto em 12 de agosto deste ano em São Gabriel. Além destes dois crimes, os militares também foram denunciados por falsidade ideológica.

INVESTIGAÇÃO – Durante coletiva de imprensa realizada na sede do MPRS, em Porto Alegre, foram esclarecidos os principais fatos desde a abordagem dos policiais à vítima, até o encontro do corpo, em 19 de agosto. O subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Júlio César de Melo, pontuou que o MPRS acompanhou a investigação desde o início e prestou todo o apoio necessário.

Promotores narraram os últimos momentos do jovem Gabriel

CELULARES – O coordenador do Núcleo de Inteligência, Reginaldo Freitas da Silva, esclareceu que o MPRS fez as extrações dos dados dos telefones celulares apreendidos com os acusados. “Foram obedecidas todas as técnicas forenses e fornecidas as cópias à Corregedoria da Brigada Militar e, posteriormente, compartilhadas com a Polícia Civil. Quem fez a análise do conteúdo não foi o MPRS. Isso é importante para deixar bem claro que, por parte do MPRS, foi preservado o conteúdo dessas extrações”, disse.

JUSTIÇA COMUM – Na Justiça comum, a promotora de Justiça Lisiane Villagrande Veríssimo da Fonseca denunciou o trio por homicídio doloso triplamente qualificado – motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima. Na peça, ela descreve que os policiais militares em serviço, durante patrulhamento ostensivo, abordaram a vítima, que foi algemada e brutalmente agredida com golpes de cassetete na região cervical. Na sequência, os denunciados colocaram a vítima no interior da viatura e com ela se deslocaram até a localidade do Lava Pé, local em que ocultaram o corpo de Gabriel.

JUSTIÇA MILITAR – Na Justiça Militar, o caso ficou com o promotor de Justiça Diego Corrêa de Barros, que denunciou os três por ocultação de cadáver e falsidade ideológica. Após a morte da vítima, o trio, previamente acertado, ocultou o corpo de Gabriel, levando-o até o interior do município e escondendo-o dentro de um açude. Além disso, os denunciados fizeram constar no boletim de ocorrência declaração falsa, ao afirmarem que “a guarnição abordou o Sr. Gabriel, que consultado estava sem novidades, sendo então orientado e liberado”, quando, na verdade, havia sido agredido, algemado, preso e posto no interior da viatura pelos denunciados.

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