Cinco rodadas de antecedência, cinco motivos da queda xavante
Por: Henrique König
Com a derrota para o Avaí, placar de 1×0, no Bento Freitas, no feriado de terça-feira (2), o G.E. Brasil definiu seu rebaixamento para Série C do Brasileiro. Foi uma temporada de poucas vitórias e muitos erros. Faltam cinco jogos para o ano acabar. São 44 partidas, com 7 vitórias, 14 empates e 23 derrotas. 29 gols marcados, 54 sofridos.
1- Montagem de elenco. Desde o Campeonato Gaúcho, era observado o atraso para formação do plantel. O tempo passava e as notícias eram poucas. O elenco era tão curto que estreou sem praticar treinos coletivos. Quis o destino que resistisse em já conturbado Gauchão, mas, com a demora e as más escolhas persistindo para Série B, não houve jeito.
2- Instabilidade administrativa. A direção do presidente Nilton Pinheiro não conseguiu conduzir o clube conforme gostaria. Houve trocas durante a temporada, como a queda do executivo de futebol Fernando Leite, sem substituto, trocas em diferentes departamentos, mas os erros persistiram. Alguns atletas apenas rechearam a folha salarial do Brasil. Se faltavam atletas para começar o Gauchão, na Série B foram muitos jogadores e poucas soluções.
3- Trocas de comando. Unindo a pauta da instabilidade administrativa, o clima não foi o mais propício para profissionais trabalharem. Nisso, Claudio Tencati acabou saindo. Cléber Gaúcho, com a condição de ídolo enquanto jogador, com muita disposição, tentou ser a solução em comando técnico, mas sua sequência de resultados encaminhou de vez o rebaixamento xavante. Jerson Testoni chega para o fim, já com mínimas condições de salvar.
4- A profissionalização. A busca agora é do Xavante procurar profissionais qualificados para os departamentos. A gestão, a administração, as contratações no Brasil precisam ser mais certeiras mediante o conturbado cenário, que permanece com os problemas financeiros, e com a diminuição do orçamento para 2022.
5- A pandemia. É impossível não citá-la. Um clube do tamanho do Brasil, com a importância que tem sua torcida, depende do incentivo das arquibancadas e, administrativamente, do dinheiro de associados e das bilheterias. Com o futebol sem público, o redemoinho rumo ao rebaixamento foi muito mais voraz.