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sábado, 18 de maio de 2024

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CLIMA : Possibilidade de La Niña é avaliada

CLIMA : Possibilidade de La Niña é avaliada
19 setembro
08:22 2017

A meteorologista Jossana Cera, doutora em Engenharia Agrícola pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e consultora do Irga, ressalta que agosto foi marcado por chuvas acima da média na Zona Sul, Campanha, Fronteira Oeste e parte da região Noroeste do Rio Grande do Sul.

De acordo com Jossana, “ainda estamos sob o período de neutralidade climática. Por vezes, esse aquecimento traz mais umidade na região a oeste ao aquecimento e, pode ocasionar o aumento de precipitações nessa região”.

As previsões do IRI (International Research Institute for Climate and Society, da Universidade de Columbia-EUA), que vinham apontando para a continuação do período neutro na safra 2017/2018, mudaram. Agosto começou a apresentar uma tendência de resfriamento no Oceano Pacífico, e com isso, alguns modelos começaram a avaliar a possibilidade de La Niña para a próxima safra.

“O que se tem em termos de probabilidade é, para o trimestre de setembro, outubro e novembro, a janeiro, fevereiro e março, uma variação de 35% a 44% para neutralidade e de 54% a 62% para a La Niña, ou seja, uma condição muito próxima a do ano passado. Embora haja, nesse momento, maiores chances para a La Niña, se ela vier a ocorrer, será fraca e de curta duração. Com isso tem que se dar atenção àquela condição de águas aquecidas no Atlântico Sul, pois poderá ser o fator que desencadeará chuvas que ocorram normalmente do Rio Grande do Sul, assim como aconteceu na safra 2016/2017, diz a meteorologista.

Os modelos de previsão para a precipitação também estão muito variáveis. O modelo utilizado pelo CPPMet da UFPel/INMET apresenta um padrão diferente ao do mês passado. Agora, tem mostrado áreas com chuva um pouco acima da média na Campanha e Sul gaúcho para setembro (e se sabe que a chuva acima da média já abrange área um pouco maior que apresentada no mapa, devido à chuva dos últimos dias). Para outubro, o padrão segue o mesmo. “Novembro se apresenta com chuvas entre 50mm a 85mm abaixo da média histórica. Como as previsões de chuva têm mudado muito, recomenda-se que o agricultor não leve em consideração essas previsões muito distantes, como a de novembro”, acrescenta.

“Devido a essa variabilidade, ressalta-se a importância de manter a limpeza e manutenção dos drenos, de reformar bueiros e pontilhões, assim como os reparos nas barragens. Manter também os reservatórios cheios. Além, de ficar atento ao sistema de irrigação no caso de cheia em rios e, principalmente, fazer o preparo antecipado do solo sempre que possível”, conclui.

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