Começa a escavação arqueológica no Parque da Baronesa
Na manhã de ontem, a prefeita Paula Mascarenhas, acompanhada pelo vice Idemar Barz e pelo secretário de Cultura (Secult), Giorgio Ronna, vistoriou o início do processo de escavação arqueológica no Parque da Baronesa.
A ação de salvamento do patrimônio arqueológico é fundamental para a criação da Reserva Técnica do Museu – que será responsável por abrigar objetos históricos do espaço cultural.
“O trabalho é importantíssimo tanto para a proteção e resgate deste patrimônio, quanto para a ampliação e enriquecimento do acervo”, salientou a prefeita.
A escavação é feita pela Híbrida – empresa contratada pelo Município para executar o trabalho –, na área lateral do prédio. Ronna ressalta que o projeto da Reserva foi construído com o assessoramento de arquitetos, engenheiro e arqueóloga da Secult, bem como de museólogos, conservadores-restauradores e historiadores do Museu, a fim de garantir as melhores condições de conservação dos itens.
“A fase de salvamento arqueológico nos aproxima da construção da Reserva e busca ampliar a nossa visão sobre a história de Pelotas”, afirma o secretário, que acrescenta que parte dos fragmentos encontrados serão exibidos em uma exposição.
A escavação prévia tem o objetivo de encontrar vestígios materiais que possibilitem analisar a ocupação histórica do local nos séculos passados. As próximas etapas do processo consistem no registro, limpeza, catalogação e armazenamento do material identificado, com a finalidade de preservar, ao máximo, suas características, esclarece a arqueóloga da Secult, Diele Thomasi.
MELHORIAS
Uma série de melhorias na infraestrutura do Museu da Baronesa está sendo realizada; entre elas, a troca de toda a rede elétrica do prédio e a instalação de novos equipamentos de proteção contra incêndio, incluindo sistema de alarme e detectores de fumaça; circuito fechado de câmeras; e luminárias de emergência.
A requalificação é executada com recursos do Prêmio do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), concedido ao projeto “Visibilidade do negro no discurso do Museu da Baronesa”, no valor de R$ 100 mil. “São medidas de segurança necessárias em função dos novos equipamentos elétricos colocados no espaço”, aponta o secretário de Cultura.
Ronna recorda, ainda, que o local passa por outras intervenções de revitalização, como a recuperação do telhado do Salão de Festas, que apresentava problemas com infiltrações. A diretora interina do Museu da Baronesa, Fabiane Rodrigues, também acompanhou a visita desta segunda.