Começa nesta quarta (10) a vacinação contra a gripe
A partir de hoje, começa em Pelotas a campanha de imunização contra a gripe para gestantes e crianças entre 1 e 6 anos. A escolha do público-alvo segue orientação do Ministério da Saúde e leva em conta uma maior vulnerabilidade do grupo.
No dia 22 de abril, pessoas com mais de 60 anos, doentes crônicos, trabalhadores da saúde, puérperas, professores e demais usuários incluídos no universo de vacinação podem receber a dose nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da cidade ou no Centro de Especialidades. A campanha vai até o dia 31 de maio.
Todos os anos, a composição dos imunizantes é atualizada devido as mutações constantes do vírus influenza e nos subtipos com maior probabilidade de circular pelo País nos próximos meses. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já informou que, esse ano, a vacina trivalente ofertada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para grupos específicos protegerá contra os vírus H1N1, o H3N2 e o influenza do tipo B Victoria.
A dose deste ano foi feita com subtipos diferentes nas cepas H3N2 e B, por isso deve ser repetida mesmo por quem já se protegeu na temporada passada. A vacina é produzida com vírus mortos, sem risco de causar infecção. A imunização leva em torno de 15 dias para gerar proteção ao organismo, razão da importância de vacinar-se no período da campanha, antes da chegada do inverno, época do ano de maior circulação da doença.
PÚBLICO-ALVO
Em Pelotas, mais de 119,2 mil pessoas devem ser imunizadas contra a gripe, sem contar a população carcerária e os trabalhadores do sistema prisional. A meta é atingir 95% desse universo.
CONFIRA:
- Crianças de 6 meses a menor de 2 anos – 6.389
- Crianças de 2 a 4 anos – 10.963
- Crianças de 5 anos – 3.789
- Trabalhadores da Saúde – 18.920
- Gestantes – 3.194
- Puérperas – 525
- Indígenas – 72
- Idosos – 49.940
- Comorbidades – 29.254
- Professores – 2.560
SINTOMAS E PREVENÇÃO
Indivíduos que apresentem sintomas de gripe devem evitar sair de casa durante o período de transmissão da doença (até sete dias após o início dos sintomas); restringir o ambiente de trabalho para evitar disseminação; evitar aglomerações e ambientes fechados, procurando manter os ambientes ventilados; e adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.
Com a meta de prevenir a doença, a Secretaria de Saúde recomenda medidas gerais de proteção, como a constante lavagem das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento, e a adoção da etiqueta respiratória, que consiste em espirrar na parte de dentro dos cotovelos e cobrir a boca ao tossir, visando à redução do risco de infecção pelo vírus.
Outra dica importante é não compartilhar objetos de uso pessoal, entre eles talheres, pratos, copos ou garrafas. É importante ficar alerta a sinais e sintomas de gravidade para, nesses casos, buscar imediatamente avaliação em uma unidade de saúde.
Atenção
As vacinas são importantes para garantir a saúde não apenas de quem recebe o medicamento, mas também da comunidade em que esta pessoa está inserida. Todas as vacinas recomendadas pelo Ministério da Saúde estão disponíveis gratuitamente na rede pública. Conheça as peculiaridades de algumas vacinas:
HPV: esquema básico com duas doses, em 6 meses de intervalo, para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. A vacina HPV também está disponível para indivíduos imunodeprimidos ( submetidos a transplantes de órgãos sólidos, transplantes de medula óssea ou pacientes oncológicos) e vivendo com HIV/Aids, que deverão receber o esquema de três doses (0, 2 e 6 meses) para ambos os sexos, nas faixas etárias entre 9 e 26 anos.
Dengue: a vacina para prevenção da dengue é recomendada somente para indivíduos de 9 a 45 anos, residentes em áreas endêmicas que já foram previamente expostos ao vírus da dengue de qualquer sorotipo. Contraindicada para soronegativos, gestantes e alérgicos aos princípios ativos da vacina.
Hepatite B: oferta da vacina para toda a população, independente da idade e/ou condições de vulnerabilidade, justificada pelo aumento da frequência de atividade sexual em idosos e do aumento de DST nesta população.
Poliomielite: a 3ª dose é a vacina inativada da polio (VIP), a exemplo do que já ocorre com as 1ª e 2ª doses da vacina. As doses de reforço aos 15 meses e 4 anos e as campanhas de vacinação continuam aplicando a vacina VOP (bivalente).
Pneumocócica: Esquema básico com duas doses (aos 2 e 4 meses) e dose de reforço aos 12 meses (podendo ser aplicada até os 4 anos). Crianças não vacinadas anteriormente podem receber dose única dos 12 meses aos 4 anos.
Hepatite A: aplicada aos 15 meses, podendo ser aplicada até os 5 anos.
Vacinas tríplice viral e varicela: o Ministério disponibiliza duas doses de vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) para pessoas de 12 meses até 29 anos, e uma dose da vacina varicela (atenuada) para crianças até 4 anos de idade.
Meningocócica: esquema básico com duas doses (aos 3 e 5 meses) e dose de reforço aos 12 meses (podendo ser aplicada até os 4 anos). Crianças não vacinadas anteriormente podem receber dose única dos 12 meses aos 4 anos.
O Ministério passou a disponibilizar a vacina conjugada para adolescentes de 12 a 13 anos. A faixa etária será ampliada, gradativamente, até 2020, quando serão incluídos crianças e adolescentes dos 9 aos 13 anos.
dTpa: uma dose a partir da 20ª semana de gestação, para aquelas que perderam a oportunidade de serem vacinadas. Administrar uma dose no puerpério, o mais precocemente possível.